quinta-feira, 5 de julho de 2018

China quer revolucionar prática de fazer compras com lojas inteligentes

China quer revolucionar prática de fazer compras com lojas inteligentes

EFE Xangai (China)
5 jul 2018
Paula Escalada Medrano

Mulheres passeiam por shopping em Hong Kong, em foto de 2011. EFE/ALEX HOFFORD
Mulheres passeiam por shopping em Hong Kong, em foto de 2011. EFE/ALEX HOFFORD

Espelhos que mostram as cores disponíveis para um par de sapatos, provadores inteligentes onde o cliente pode mudar o tamanho de um vestido ou que sugerem a bolsa que melhor combina são algumas das tecnologias das lojas do futuro, um conceito que pretende ser em breve uma realidade na China.
O grupo Alibaba, através do seu portal de vendas Taobao e da empresa americana de moda Guess, acaba de inaugurar em Hong Kong a FashionAI, uma loja piloto que leva a inteligência artificial ao mundo da moda e oferece aos clientes uma experiência personalizada e diferente de "fazer compras".
"A FashionAI personifica nosso pensamento sobre como pode ser o futuro da moda no varejo e explora o uso de tecnologias para compreender melhor e atender às necessidades dos consumidores de moda", explicou em comunicado Zhuoran Zhuang, vice-presidente do Alibaba.
O acesso à loja se dá através telefone celular, escaneando um código QR com a conta de usuário do Taobao. A partir daí, é feito um escaneamento facial do potencial comprador, que entra na loja e lá passeia como em qualquer outro estabelecimento normal.
Se o cliente gostar de alguma peça e quiser experimentá-la, se aproxima dos espelhos inteligentes onde imediatamente aparece o artigo e nos quais é possível escolher o tamanho e a cor.
Além disso, o espelho faz sugestões sobre outros artigos existentes na loja que poderiam combinar com a peça escolhida.
Graças a isso, o comprador não tem que carregar as roupas, pois, após ter selecionado todos os produtos que quer experimentar, vai com as mãos vazias ao provador e lá um vendedor traz os produtos.
O provador também está vinculado com o cliente, de maneira tal que, se a peça não servir, se pode pedir um tamanho diferente, ou outro modelo que combine, através do espelho inteligente.
Além disso, se o usuário se arrepender de não ter comprado algo depois de sair da loja, ainda pode fazer seu pedido online, já que tudo o que provou fica registrado.
"A tecnologia se baseia nos conhecimentos do consumidor do ecossistema, em imagens de mais de 500 mil equipes de estilistas no Taobao, assim como na experiência em moda das marcas associadas do Tmall", explicou a empresa.
A loja só ficará aberta a partir desta quinta-feira até o próximo sábado, mas a Alibaba espera que em um futuro não muito distante este conceito possa ser uma realidade que também sirva para tornar o comércio mais eficiente graças à inteligência de dados.
Este projeto é parte do objetivo do gigante chinês de estar cada vez mais presente nas lojas físicas, assim como de fazer com que a tecnologia possa dar nova vida à venda no varejo tradicional fora da internet.
Segundo os planos da companhia criada por Jack Ma, o "novo comércio no varejo" é a solução para os vendedores físicos, tão afetados pela explosão do comércio eletrônico que se aconteceu na China e no mundo nos últimos anos.
Dentro do comércio não online, até agora, a Alibaba tinha investido principalmente no setor da alimentação, já que possui uma rede de supermercados, Hema, que funciona quase sem atendentes, e também anunciou há alguns meses um investimento na rede de supermercados Sun Art.
Além disso, o portal da Alibaba Tmall e a marca de artigos esportivos Intersport inauguraram em maio deste ano em Pequim uma loja interativa, "Tmall x Intersport", na qual foram acrescentados elementos como os jogos de realidade aumentada e os espelhos inteligentes, que proporcionam ao usuário informações sobre os calçados que estão à venda.
Até o momento, a Tmall Fashion colaborou com mais de 400 marcas, inclusive companhias internacionais como Burberry e Zara, e interveio em mais de 50 mil vitrines em toda China.
O objetivo é multiplicar os números durante os últimos meses até conseguir parcerias com 1.000 marcas e ajudar a digitalizar 200 mil vitrines em todo o país. 

Fonte: EFE

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