quarta-feira, 13 de março de 2019

Parceria entre farmacêuticas e Unicamp busca acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos

Parceria entre farmacêuticas e Unicamp busca acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos


Pesquisas colaborativas entre laboratórios Aché e Eurofarma e Centro de Química Medicinal seguem modelo de inovação aberta


Da Redação ITMIDIA

13/03/2019

 
Foto: Shutterstock


A indústria farmacêutica encara uma série de desafios para a formulação de novos medicamentos, um processo que pode levar uma década e custar centenas de milhões de dólares. Esse tipo de investimento dificulta muitos laboratórios farmacêuticos nacionais. Nesse contexto se destaca uma parceria público-privada entre o Centro de Química Medicinal (CQMED), sediado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e os laboratórios Aché e Eurofarma. O centro foi criado com apoio da FAPESP por meio do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), em cooperação com o  consórcio internacional Structural Genomics Consortium (SGC). As informações são da Agência Fapesp.

As pesquisas colaborativas seguem o modelo de inovação aberta e a parceria tem o objetivo de desenvolver moléculas potentes e seletivas para proteínas-alvo específicas que possam resultar em novos medicamentos. Segundo a Agência Fapesp, por meio desse modelo, todo o conhecimento gerado até a fase de validação de moléculas é de domínio público e pode ser usado para o avanço das pesquisas em fase pré-clínica e clínica por grupos acadêmicos ou indústrias farmacêuticas em qualquer parte do mundo. Após o término dessa fase pré-competitiva, as farmacêuticas que conseguirem aprimorar ainda mais as moléculas iniciais e comprovar a eficácia terapêutica de compostos derivados em estudos clínicos poderão patenteá-las.

O modelo de inovação aberta entre o setor público e o privado tem se mostrado especialmente vantajoso para as indústrias farmacêuticas para desenvolver suas estratégias de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Isso porque "dividem-se" os riscos aqui, além de permitir economizar recursos e reduzir a redundância na pesquisa, ao evitar testes desnecessários com moléculas que não foram aprovadas anteriormente. Além disso, possibilita atacar alvos terapêuticos pouco ou nunca estudados.

A Aché foi a primeira a se associar ao CQMED, em 2016, após inaugurar um laboratório de design e síntese de moléculas. O laboratório permitiu à farmacêutica contribuir em igualdade de condições nas pesquisas feitas em parceria com o centro. Em 2017, a Eurofarma também iniciou sua colaboração com o centro da Unicamp. Segundo a Agência Fapesp, o CQMED pretende fechar até o fim de 2019 acordos de pesquisa com outras três empresas farmacêuticas ou de biotecnologia.



Fonte: ITMIDIA 

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