Brasil será novo epicentro da covid-19 no mundo, diz estudo
Considerando dados recolhidos até 3 de maio, o
estudo estimou que o número de contaminações no Brasil chegará a 1,6
milhão, comparados aos 1,1 milhão de casos reportados pelos Estados
Unidos.
No entanto, a pesquisa chamou atenção para a
subnotificação dos casos brasileiros. Segundo dados oficiais, o Brasil
realizou somente 1.600 testes por milhão de pessoas. Os Estados Unidos,
por sua vez, aplicaram 20.200 testes por milhão e muitos especialistas
acreditam que esse número ainda é baixo.
Outros
países europeus chegam a realizar 30 mil testes por milhão de pessoas.
Isso, de acordo com o estudo, justifica porque os números oficiais de
casos confirmados e mortes por covid-19 no Brasil são tão baixos — mesmo
com a maior taxa de contágio do mundo (R2,81), em que cada portador do vírus contamina cerca de outras 3 pessoas.
Além disso, o Wall Street Journal destacou
que o ceticismo do presidente Jair Bolsonaro em relação a atual
pandemia, que já matou mais de 253 mil pessoas no mundo, é um fator
determinante para que o Brasil se torne o próximo epicentro da doença.
Cidades
que registram maior aprovação ao atual governo demonstraram um aumento
na taxa de contágio da doença: 18,9% maior do que aquelas que demonstram
menor apoio ao presidente, segundo dados de 255 municípios coletados em
março. É o que revela um estudo das universidades da Carolina do Norte,
nos Estados Unidos, e de Bocconi, na Itália, publicado na última
sexta-feira (01).
Segundo os especialistas, a alta na
taxa de contaminação foi gerada não só apenas pela aglomeração das
manifestações em apoio ao governo que aconteceram naquele mês, mas
também pelo relaxamento de seus apoiadores em relação às medidas de
isolamento social.
Fonte: The Wall Street Journal Globo
Fonte: Tecmundo
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