terça-feira, 5 de maio de 2015

Especialistas tentam regulamentar produtos tóxicos e dejetos eletrônicos

Especialistas tentam regulamentar produtos tóxicos e dejetos eletrônicos

04 MAI 2015
AFP / Mychele Daniau


(Arquivo) Recipientes de produtos tóxicos são vistos em Mortagne-au-Perche, França, no dia 10 de novembro de 2006

Cerca de 1.500 especialistas de mais de 180 países tentam regulamentar produtos químicos e resíduos perigosos, como o amianto, pesticidas e lixo eletrônico em uma conferência internacional iniciada nesta segunda-feira em Genebra.
Esta reunião, que se encerra em 15 de maio, reúne representantes dos Estados membros de três convenções que administram este setor: a de Estocolmo sobre poluentes orgânicos persistentes, a de Roterdã sobre o comércio de produtos químicos perigosos e a de Basileia sobre o controle dos movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos.
Durante as próximas duas semanas, novas substâncias estarão sujeitas a legalização internacional, como o hexaclorobutadieno, com propriedades inseticidas e fungicidas, e o pentaclorofenol, usado como solvente ou como biocida em produtos fitofarmacêuticos.
Dois produtos, o amianto crisotila e o paraquat - que já foram estudados na última reunião em 2013 - voltarão a ser propostos a integrar a Convenção de Roterdã, na esperança de que os países alcancem um acordo, declarou a jornalistas Rolph Payet, secretário executivo das três convenções.
O amianto crisotila, também conhecido como amianto branco, é um material resistente ao fogo utilizado na construção civil, mas está associado a certos tipos de câncer.
O paraquat é, por sua vez, um produto químico usado na produção de herbicidas. Pode causar a morte dentro de 30 dias após sua ingestão. É proibido na União Europeia e na Suíça, em particular.
A Convenção de Roterdã regula a importação e exportação de alguns produtos, embora não seja proibitiva: isto significa que um produto químico nesta categoria só pode ser exportado com o consentimento prévio do importador.
Durante as próximas duas semanas, os especialistas irão tentar chegar a acordos para criar um sistema de controle do cumprimento das obrigações relativas às convenções de Roterdã e Estocolmo. Este sistema só existe no caso da Convenção de Basileia.
Eles também tentarão definir o que são os resíduos elétricos e eletrônicos, a primeira etapa antes de saber como lidar com estes produtos altamente tóxicos, embora em 2014 apenas cerca de um sexto destes resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos tenham sido devidamente reciclados.
Com relação aos resíduos perigosos (Convenção de Basileia), Suíça e Indonésia defendem uma iniciativa conjunta para que estes resíduos acabem apenas nos países capazes de eliminá-los.
Trata-se, sobretudo, de desenvolver padrões internacionais para instalações de tratamento de resíduos tóxicos no mundo inteiro.
Há centenas de milhares de diferentes produtos químicos. Cerca de 700 estão no corpo humano devido à exposição permanente a estes produtos.

Fonte: AFP

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