terça-feira, 21 de março de 2017

Estudo do MCTIC propõe medidas para cumprimento das metas do Acordo de Paris

Estudo do MCTIC propõe medidas para cumprimento das metas do Acordo de Paris

Documento aponta o papel que cada setor econômico pode desempenhar para o cumprimento das metas de redução das emissões de gases apresentadas pelo Brasil no âmbito do Acordo de Paris.

Por Ascom do MCTIC
Publicação: 21/03/2017 | 09:00
Última modificação: 21/03/2017 | 13:16
Compromisso do Brasil é reduzir as emissões de GEE em 37% em 2025 e 43% em 2030, tendo por referência o ano de 2005
Crédito: Reprodução da internet

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) preparou um estudo para subsidiar a estratégia brasileira para a implementação da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) apresentada pelo país no âmbito do Acordo de Paris. O documento aponta o papel que cada setor econômico pode desempenhar para o cumprimento das metas de redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) para 2025 e 2030. Os dados foram obtidos a partir do Projeto "Opções de Mitigação de Emissões de GEE em Setores-Chave no Brasil", uma iniciativa executada em parceria com a ONU Ambiente.
Os dados mostram que a adoção de atividades de baixo carbono no sistema energético, se ampliada, contribuiria para a redução de emissões de cerca de 60 e 210 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (MtCO2e) em 2025 e 2030, respectivamente. Essas atividades contemplam, por exemplo, medidas de eficiência energética, cogeração de energia e aproveitamento de biogás. Segundo o estudo do MCTIC, os setores Energético, de Gestão de Resíduos e Industrial apresentam os potenciais mais relevantes.
Para o setor de Agricultura, Florestas e Usos do Solo (Afolu), os valores de mitigação seriam de 11 MtCO2e, em 2025, e 157 MtCO2e, em 2030. Para isso, é necessário expandir o plantio de florestas comerciais, os sistemas integrados de cultivo e plantio direto e o aporte de nitrogênio via fertilização biológica, além de reduzir ainda mais o desmatamento e ampliar as ações de restauração florestal e a estratégia de confinamento na bovinocultura de corte.
Os resultados do estudo revelam ainda que a implementação dos cenários de baixo carbono causaria pouco impacto, em nível agregado, nos indicadores de Produto Interno Bruto (PIB) e de geração de emprego e renda.
Acordo de Paris
Aprovado durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) no âmbito da UNFCCC, em dezembro de 2015, o Acordo de Paris estabelece a adoção de medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com o objetivo de conter o aumento da temperatura média global em menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais, além de envidar esforços para limitar esse aumento a 1,5°C.
Em setembro de 2016, o Brasil depositou o instrumento de ratificação do acordo, que passou a vigorar no plano internacional dois meses depois. No documento, o país assumiu o compromisso de adotar medidas para redução de emissão de gases por meio da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC).
A NDC brasileira contém o compromisso de reduzir as emissões de GEE em 37% em 2025 e 43% em 2030, tendo por referência o ano de 2005, o que equivale a um teto de emissões de 1.300 e 1.200 MtCO2e em 2025 e 2030, respectivamente.
A contribuição do MCTIC para a estratégia brasileira de redução das emissões de gases está disponível para download. Clique aqui
 
Fonte: MCTIC

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