sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Biorreator usa algas para transformar CO2 em oxigênio

Biorreator usa algas para transformar CO2 em oxigênio

Máquina desenvolvida pela Hypergiant Industries absorve CO2 até 400 vezes mais rapidamente que as árvores

Luiz Nogueira, editado por Rafael Rigues 
19/09/2019 13h15

Biorreator de algas

Por uma boa razão, muitas pessoas estão preocupadas com a quantidade de dióxido de carbono (CO2) que está sendo bombeado para a atmosfera. Esse gás tem um alto poder de retenção de calor na atmosfera, o que, consequentemente, causa o que conhecemos como efeito estufa.
Para resolver esse problema, uma empresa de inteligência artificial (IA) chamada Hypergiant Industries criou um biorreator que combina IA e algas para absorver CO2 até 400 vezes mais rápido que as árvores. O dispositivo usa um princípio chamado de "Sequestro de Carbono". Isso se refere à captura e armazenamento de dióxido de carbono usando processos biológicos. Essa é uma extensão da fotossíntese, na qual plantas, como árvores, usam energia do sol para transformar dióxido de carbono em oxigênio.
"O dispositivo [que criamos] é um modelo de sistema fechado", explicou Ben Lamm, CEO da Hypergiant Industries. "Todas as partes do processo de crescimento são rigidamente controladas e otimizadas para maximizar o consumo de CO2. A IA monitora luz, calor, crescimento, velocidade da água, pH, CO2 e produção de oxigênio, tudo para garantir condições ideais de crescimento."
As algas são uma das máquinas mais eficientes da natureza para o consumo de dióxido de carbono. As algas precisam de três elementos-chave para crescer: dióxido de carbono, luz e água. Por esse motivo, elas foram escolhidas para o projeto.
"Um dos nossos biorreatores é capaz de retirar a mesma quantidade de carbono da atmosfera que um acre inteiro de árvores", disse Lamm. "Somos uma empresa de tecnologia que produz produtos e soluções de IA – mas primeiro somos humanos e queremos criar produtos que melhorem a condição humana."
O biorreator da Hypergiant é bastante compacto pelo que se propõe, medindo 91 cm de largura por 2,13 metros de altura. Pequeno o suficiente para caber em edifícios de escritórios que querem adotar soluções mais sustentáveis.
Apesar dos resultados obtidos, Lamm enfatizou que o projeto ainda está em seus estágios iniciais. A ideia da empresa é implantar a tecnologia aos poucos, mas por enquanto o objetivo de Lamm é mostrar que a tecnologia funciona e pode ser uma alternativa para melhorar a qualidade do ar.
Via: Digital Trends

Fonte: OlharDigital

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