terça-feira, 10 de março de 2020

Da infância ao ambiente acadêmico, mulheres enfrentam desafios para seguir na ciência

Da infância ao ambiente acadêmico, mulheres enfrentam desafios para seguir na ciência

Apresentação de Adrielen Alves 
06/03/2020 - 19h39 Brasília


Neste mês de março, Universo se dedicará a ouvir mulheres inspiradoras que movimentam a ciência brasileira.

Fomos atrás também de tentar entender alguns números que mostram uma tendência mundial: a desigualdade entre homens e mulheres em áreas científicas.


Segundo o Escritório das Nações Unidas para o Espaço Exterior (Unoosa), em se tratando de pesquisas sobre ciência, tecnologia, engenharias e matemática, as mulheres representam 28,8% desta força de trabalho no mundo,enquanto os homens,72,2%.  Quando o assunto é o espaço, a astronomia, este número cai ainda mais.

De acordo com o escritório das Nações Unidas, são 20% de mulheres e 80% de homens ligados a esta força de trabalho.

Em entrevista ao Universo, a gerente de Programas da ONU Mulheres, Ana Carolina Querino, disse que este é um fenômeno mundial.

Segundo ela, as desigualdades começam na primeira infância e continuam a ser desafio na vida adulta.


A dupla jornada é apontada também em um estudo do Museu de Astronomia e Ciências Afins, o MAST, como uma das principais causas para o afastamento da mulher da carreira científica.


Mas não pára por aí!

A professora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Carolina Brito, conta que este é um dos pontos do chamado ‘’efeito tesoura’.

Carolina Brito, que também é coordenadora do projeto Meninas na Ciência no campus gaúcho, diz que quanto mais mulheres, maior competitividade e maior excelência.

A astrônoma porto-riquenha, pesquisadora do Observatório do Valongo, no Rio de Janeiro, Kárin Menéndez-Delmestre, acredita que estes números podem ser mudados. Como?  Dentro de sala de aula, com crianças e adolescentes.

Segundo ela, está na atenção, apoio e orientação dos professores uma das soluções para incentivar a participação das mulheres em áreas científicas.

A gerente da ONU Mulheres concorda e vai além. Para ela mudar este cenário depende de integração entre governo, iniciativa privada e escolas.

Só lembrando que durante todo este mês, vamos ouvir mulheres que têm feito a diferença na ciência e na astronomia no Brasil. 

Com produção de Graziele Bezerra e sonoplastia de José Maria Machado, da Radioagência Nacional, Adrielen Alves. 

Fonte: EBC

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