quinta-feira, 18 de junho de 2020

Pesquisa estuda contaminação por Covid-19 em Niterói para evitar agravamento da pandemia

Pesquisa estuda contaminação por Covid-19 em Niterói para evitar agravamento da pandemia


Tatiana Alves
17/06/2020 - 18h43 Rio de Janeiro



Apesar de a pandemia de Covid-19 ter se tornado realidade no Brasil há poucos meses, já é possível transformar em dados científicos parte desse passado recente da doença, colaborando para evitar seu agravamento. É o que aponta uma pesquisa desenvolvida pela UFF (Universidade Federal Fluminense,  numa parceria com a Prefeitura de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro e a Fiocruz.

Intitulado “Protocolo de investigação para os primeiros casos e contatos de coronavírus”, o estudo envolve mais de 20 professores da universidade e busca estruturar ações de controle e prevenção da infecção a partir de um entendimento das características clínicas, de transmissibilidade e também epidemiológicas, do coronavírus na cidade de Niterói.

Segundo a professora do Instituto de Saúde Coletiva do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da UFF, Jackeline Lobato, responsável pela pesquisa, os desafios de um estudo dessa proporção se tornam ainda maiores durante uma pandemia.

"Todas as etapas foram e estão sendo realizadas virtualmente, então nós não temos encontros para treinamento, nem reuniões de coordenação. São todas virtuais. E o desafio da descrença por parte de uma parcela da população na pesquisa, na ciência, na universidade pública. Então, são inúmeros os desafios", explica.

Os pesquisadores utilizam uma metodologia de rastreamento de contato para localizar casos confirmados de coronavírus. O passo seguinte é testar os contatos próximos, numa tentativa de estimar as pessoas infectadas.

Jackeline Lobato fala das condutas mais praticadas no meio científico para estudar a pandemia do COVID-19, já que é um grande problema de saúde pública, com alto potencial de infecção e impactos sociais, econômicos e nos serviços de saúde

"[Temos] a entrevista por telefone e uma equipe da Secretaria de Saúde vai à casa dos participantes para fazer o teste do Covid-19. A grande questão tem sido os equipamentos de proteção individual, para que  quando haja contato direto com o paciente nós temos que garantir que todos os pesquisadores tenham ao equipamento de proteção adequado", completa.

A estimativa da pesquisadora é que não haja uma vacina até final do ano que vem. Por isso, alerta para a importância da manutenção rigorosa de medidas preventivas e destaca que a desigualdade social é um fator que impacta diretamente no padrão de disseminação da doença.

Fonte: EBC

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