quarta-feira, 17 de junho de 2020

Vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Fiocruz entra na fase de testes em animais

Vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Fiocruz entra na fase de testes em animais



Lígia Souto
16/06/2020 - 12h08 Rio de Janeiro 



Uma vacina produzida no Brasil contra o novo coronavírus entrou na fase de estudos pré-clínicos, o que significa que está pronta para ser testada em animais. Desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz, a vacina é sintética, ou seja, foi feita com partes de proteínas do vírus, criadas em laboratório. As biomoléculas induzem a produção de anticorpos específicos para defender o organismo contra agentes desconhecidos, neste caso, contra o Sars-CoV-2.



A descoberta foi possível a partir de um modelo feito em computador e testado "in vitro". Agora, o que os pesquisadores precisam é validar também os resultados com experimento em organismo vivo, como explica o vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico de Bio-Manguinhos, Sotiris Missailidis.



Sonora: “A linha que a gente buscou era de usar computador, recursos computacionais, para identificar quais partes a proteína do vírus eram conservadas e imunogênicas. A gente sintetizou com pepitídeo sintético...”



Para chegar a uma vacina efetiva, os pesquisadores precisam percorrer diversas etapas.  De acordo com o pesquisador, a partir dos resultados dos estudos pré-clínicos, será possível avançar para a parte clínica, ou seja com testes em seres humanos, o que tem previsão de acontecer em três fases.



Sonora: “Depois dos estudos pré-clínicos, tem a parte dos estudos clínicos. A primeira parte do estudo clínico fase 1 é pra ver a segurança da vacina. Depois a fase 2, a eficácia. E aí, finalmente, estará sendo usada em humanos em estudo clínico. Isso pra verificar a eficiência em humanos e partir, depois, para produção em larga escala...”



A intenção, ainda segundo Sotiris Missailidis, é que o projeto desenvolvido pelo Bio-Manguinhos busque parceria internacional para desenvolvimento clínico, produção e futura distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: EBC

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