sexta-feira, 13 de junho de 2014

Projeto Vant irá ajudar na vigilância do Campus

Projeto Vant irá ajudar na vigilância do Campus
  


O Professor Raul Bernardo Vidal Pessolani, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFF, antigo coordenador do Projeto Aerodesign, está, atualmente, coordenando o Projeto Vant, que tem como objetivo desenvolver um Vant para ajudar nas questões de segurança e vigilância dos Campi da Universidade em Niterói. Titular do TEC desde 1995, o Professor Raul, que é do setor de Mecânica Aplicada e ministra as disciplinas Resistência dos Materiais, Introdução ao Projeto Aeronáutico, Exercício Profissional e Cidadania e Métodos Computacionais, conversou conosco, do Núcleo de Mídia da Escola de Engenharia, e explicou melhor o que é o Projeto, quais os objetivos e qual a importância de se desenvolver um projeto deste tipo aqui, na Escola de Engenharia. Confira a entrevista logo abaixo!

No que consiste o projeto Vant?


R: A ideia do projeto é desenvolver um Vant aqui, na UFF. Para isso, primeiro precisamos conhecer a tecnologia. Então, nós adquirimos um multi rotor, que é uma espécie de helicóptero com quatro hélices. A gente optou pelo multi rotor, porque ele é muito mais fácil de decolar e aterrissaer do que um avião. E, agora que adquirimos o drone, estamos estudando o funcionamento dele. Já fizemos vários voos no Campus do Gragoatá, na região do campo de futebol, e também no Campus da Praia Vermelha. Estamos começando com um Vant menor, para aprendermos a lidar com ele, para, depois, passarmos para um veículo maior. Um segundo estágio seria um multi rotor mais pesado e o terceiro estágio seria um avião mesmo, de grande porte e com capacidade de carregar carga.


Qual o objetivo de desenvolver esse drone aqui, na UFF?


R: Nós pretendemos usá-lo para a vigilância e segurança dos Campi, principalmente o da Praia Vermelha. O drone possui muitas aplicações, pode ser usado, também, para a agricultura, por exemplo.
E como é o funcionamento do Vant?


R: Esse modelo funciona com um GPS e tem duas câmeras acopladas: uma de baixa definição e outra de alta definição. Ele funciona conectado a um tablet, tanto faz o sistema operacional, mas também existe a possibilidade de automatizar o funcionamento dele, que seria baixar da internet um software livre baseado no Google Maps e, a partir dele, traçar uma rota para ele. Aí, o drone irá, automaticamente, voar por essa rota traçada. Por enquanto, fizemos alguns voos no Campus do Gragoatá, já que ali é bastante aberto e não tem muitos obstáculos, e testamos um pouco a precisão dele. Fizemos, também, alguns testes no Campus da Praia Vermelha e alguns voos foram bem sucedidos, outros nem tanto. Estamos estudando o funcionamento do Vant e ainda há muitos desafios para superar.


A partir de qual período os alunos e de quais cursos podem fazer parte da equipe?


R: O recomendado é que o aluno esteja, pelo menos, no 5º ou 6º período, porque não é um trabalho simples para quem está no início da graduação. Os cursos seriam: Engenharia Elétrica, de Telecomunicações, Mecânica – para os alunos que tiverem interesse na área de robótica – e Computação.


Como é o processo de seleção para entrar na equipe?


R: Na verdade, ainda não temos uma equipe grande. O projeto foi uma iniciativa minha, apoiada pela Escola de Engenharia, e, com isso, consegui uma bolsa. Isso é um projeto de pesquisa e, por enquanto, tenho dois alunos trabalhando comigo: um de iniciação científica e outro de desempenho acadêmico. Então, não há um processo seletivo. O que contribui para o aluno participar é o interesse por parte dele, de me procurar e mostrar que tem vontade de participar do projeto. Além disso, ter um bom CR ajuda bastante, principalmente para conseguir uma bolsa.


O projeto se restringe somente a alunos da graduação ou inclui os alunos da pós-graduação também?


R: Tanto alunos da graduação quanto da pós-graduação podem participar.


Qual a função desempenhada por você, coordenador?


R: A minha função como coordenador é orientar o aluno, sugerir bibliografias para estudo, dar ideias... É um trabalho sempre em conjunto.


Os alunos que trabalham no projeto possuem uma função específica?


R: Um está trabalhando numa linha mais geral do estudo sobre os Vants e o outro está trabalhando mais na parte de operação do drone.


Vocês recebem algum patrocínio?


R: Temos o patrocínio da Fundação Euclides da Cunha (FEC), que nos ajudou a adquirir o Vant, porque a ideia é que haja um drone operando na UFF, principalmente na área de segurança.


Em que sentido fazer parte do projeto contribui para a formação profissional dos alunos?


R: Por ser uma área nova, participar do projeto pode abrir muitas portas. As empresas certamente vão prestar mais atenção em alunos que tiveram uma experiência com Vants.


Fonte: Escola de Engenharia da UFF

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