Geração 90: relembre tecnologias que marcaram época e deixaram saudade

Geração 90: relembre tecnologias que marcaram época e deixaram saudade

por JULIANA PIXININE Para o TechTudo


Com as tecnologias cada vez mais avançadas, muitas vezes não conseguimos imaginar nossa vida sem as tantas facilidades que elas nos proporcionam. Porém, todo mundo se lembra de diversas tecnologias que fizeram sucesso na década de 1990, algumas impensáveis nos dias de hoje. Foi nesse clima de nostalgia que criamos uma lista com 10 tecnologias que marcaram a geração 90, desde assoprar o cartucho do jogo até ficar impressionado com um telefone que identifica chamadas. Vamos voltar no tempo?

Discman
Quem lembra de torcer para o CD não pular no Discman? (Foto: Divulgação/Sony)
Quem lembra de torcer para o CD não "pular" no Discman? (Foto: Divulgação/Sony)
Muito antes dos celulares se tornarem plataformas para ouvir música ou do surgimentos dos iPods, a forma de escutar suas músicas favoritas nada tinha a ver com um reprodutor digital. Com o surgimento dos CDs, o Walkman foi substituído pelo Discman. Existiam diversas marcas, modelos, formas, cores e, naturalmente, diversos preços. Alguns eram bem caros para a época e, se fosse nos dias de hoje, a aquisição poderia ser considerada ostentação.
Apesar de bastante útil e prático para a época, o Discman muitas vezes trazia uma certa dor de cabeça para os usuários, especialmente durante viagens de carro. Alguém lembra de quando o CD ficava pulando? E a gente torcendo para o carro não passar por quebra-molas ou qualquer outro “obstáculo”, para diminuir o risco de o CD falhar. 
Jogos de cartucho
Quem leu os itens anteriores, certamente lembrou deste em seguida. Afinal, de que adiantava ter o Super Nintendo sem os jogos de cartucho? Quem entrou no mundo dos jogos eletrônicos depois, nunca vai entender o feito para iniciar uma partida desses jogos nos video games como Super Nintendo e Mega Drive. Era um verdadeiro ritual, que envolvia passos de extrema importância, como assoprar o chip e torcer para que o console reconhecesse o jogo da forma correta.
Durante muito tempo, os cartuchos foram a única forma de armazenamento para jogos de consoles, e o último grande representante dessa tecnologia foi o Nintendo 64, lançado em 1996. Os cartuchos consistiam, basicamente, de um circuito integrado, revestido de uma proteção plástica, contendo o software dos jogos. Eles, então, eram acionados a partir do encaixe do video game ao circuito através do conector. Como dito anteriormente, a tarefa envolvia todo um ritual e nem sempre era tranquila, mas ficou na memória de quem jogava.

Windows 95
Windows 95 foi o responsável por transformar a Microsoft na principal empresa da área (Foto: Divulgação/Microsoft)
Windows 95 foi o responsável por transformar a Microsoft na principal empresa da área (Foto: Divulgação/Microsoft)
Em tempos de Windows 10, quem ainda se lembra do Windows 95? O sistema operacional que revolucionou o mercado foi lançado pela Microsoft em 1995 e foi o responsável por transformar a empresa na mais popular da área. O Windows 95 fez tanto sucesso que até o suporte a ele foi encerrado apenas em 2002, depois que várias evoluções do sistema operacional já haviam sido lançadas.
O Microsoft Windows 95 foi um sistema operacional de 16/32 bits e instalado por padrão com o MS-DOS 7.0. Ele efetivava o sistema de arquivos FAT-16 (ou VFAT) e seus ficheiros puderam, então, ter 256 caracteres, um número absurdamente maior que os oito caracteres das versões anteriores. Um dos maiores problemas era a instabilidade ao rodar aplicativos que tinham sido escritos para o seu antecessor, o Windows 3.x.

Palmtop

O Palmtop foi o primeiro assistente pessoal digital, também conhecido como Palm ou PalmPilot, e ficou popular pelo preço relativamente barato para a época. A Palm Computing lançou os primeiros modelos em 1996, o Pilot 1000 e o Pilot 5000, que usavam processador de 16 MHz,da Motorola. Tinham, ainda, um painel monocromático de LCD e 128 e 512 Kb de memória, respectivamente.
O aparelho surgiu nos anos 1990 com o intuito de criar dispositivos pequenos e leves o suficiente para levar no bolso e que consumissem pouca energia. Os palmtops não tinham teclado e seu texto era digitado sobre um teclado gráfico em parte da tela ou escrito à mão em um espaço reservado.

Mega Drive
Mega Drive, também conhecido como Sega Genesis, fez sucesso nos anos 1990 (Foto: Divulgação)
Mega Drive, também conhecido como Sega Genesis, fez sucesso nos anos 1990 (Foto: Divulgação/Sega)
O Mega Drive, conhecido também como Sega Genesis, é um console de videogame de 16 bits, da Sega, que depois passou a concorrer com o Super Nintendo. O dispositivo foi lançado no Brasil no ano de 1990 e se tornou um grande sucesso, perdendo espaço após o surgimento e popularização dos videogames de 32 bits, anos depois, como os modelos de Playstations, da Sony.
Diversos jogos para a plataforma fizeram sucesso e se tornaram clássicos, como, por exemplo, a série Sonic the Hedgehog, sobre as aventuras de Sonic para salvas animais do seu planeta. Diversas versões do Mega Drive surgiram depois, mas ele nunca reconquistou a popularidade dos anos 1990.

Super Nintendo
O Super Nintendo, lançado em 1990, foi um grande sucesso no início dos anos 90 (Foto: Divulgação/Nintendo)
O Super Nintendo foi um grande sucesso no início dos anos 90 (Foto: Divulgação/Nintendo)
Até o final da década de 1980, a Nintendo ainda estava com seu videogame de 8 bit, que ficou conhecido como “Nintendinho”. Para não ficar atrás da SEGA, que tinha lançado o Mega Drive, de 16 bit, a Nintendo também lançou seu console de 16 bit, em 1990, no Japão. Chegando ao Brasil em 1993, o Super Nintendo Entertainment System (SNES), que ficou mais conhecido apenas como Super Nintendo, é motivo de nostalgia para muitas pessoas. 
O formato básico contava com oito botões, sendo quatro em cruz, dois na parte superior e dois na parte inferior. Ele foi o primeiro console a trazer botões nas bordas (L e R), copiados por todos os modelos seguintes. Além disso, as capacidades gráfica e sonora superiores davam maior jogabilidade ao console. Com diversos ótimos jogos, não demorou para o Super Nintendo virar um sucesso e se tornar o 16 bit mais vendido. Dentre os jogos, vários se tornaram clássicos, como o Super Mario World, Mario Kart e Donkey Kong.

Mouse com esfera

Muito antes dos sensores ópticos existirem e serem popularizados, o padrão da indústria eram os mouses com esfera, popularmente chamadas de “bolinhas”. Tentar usar o mouse em qualquer computador sem a ajuda de um mousepad era uma missão quase impossível, já que era um desafio fazer com que o dispositivo deslizasse de um lado para outro na maioria das superfícies.
Além da falta de praticidade, o uso do mouse com esfera também fazia com que o aparelho tivesse um prazo de validade relativamente curto, por causa da sujeira que se acumulava ao redor da “bolinha”. Quem lembra de ter que abrir o mouse para limpar as partes internas carregadas de poeira?

Tamagotchi
Tamagotchi (Foto: Tainah Tavares/TechTudo)
Tamagotchi: animal de estimação virtual virou febre nos anos 90 (Foto: Tainah Tavares/TechTudo)
Se você não era adulto o suficiente para usar um Palmtop, certamente se lembra muito bem do Tamagotchi. Lançado em 1996 pela Bandai, no Japão, o "bichinho eletrônico" virou febre entre as crianças brasileiras no final da década de 1990. O brinquedo consistia em criar e cuidar de um bichinho de estimação virtual. As tarefas eram as mesmas de quem cuida de um animal de estimação de verdade: dar carinho, alimentar, dar banho. A segunda geração do brinquedo vinha com um sensor infravermelho, permitindo que os Tamagotchis se comunicassem e até tivessem filhos.
Na época, muitos pais falavam que era bom para as crianças adquirirem senso de responsabilidade. Até porque, caso não cuidassem do seu bichinho da forma correta, ele morria, e não como em um jogo que é só reiniciar, no caso do Tamagotchi, para de funcionar de uma vez por todas, como se o animal tivesse realmente morrido. Hoje em dia, existe um aplicativo para smartphone do brinquedo.

Celular “Tijolão”
Motorola PT-550 foi o primeiro celular comercializado no Brasil (Foto: Divulgação)
Motorola PT-550 foi o primeiro celular comercializado no Brasil (Foto: Divulgação/Motorola)
Esse item não fala de um modelo exclusivamente, mas de uma categoria: os celulares “tijolões” dos anos 1990, que ficaram conhecidos dessa forma por serem grandes e pesados, ainda mais se comparado aos modelos atuais. Existiam diversos modelos de diferentes fabricantes que se encaixavam na categoria, como os da Nokia e Motorola, por exemplo.
Para ilustrar este item da lista, escolhemos o aparelho Motorola PT-550, o primeiro celular vendido no Brasil, no início da década de 1990, e um belo exemplo de um celular “tijolão”. Além da mobilidade, o que o diferenciava de um telefone comum era a agenda integrada e a capacidade de identificar ligações. Nos dias de hoje, com a tecnologia tão avançada, é até difícil lembrar como era nessa época.

Game Boy
Primeira versão do Game Boy tinha tela em fundo verde e jogos em preto e branco (Foto: Reprodução)
Primeira versão do Game Boy tinha tela em fundo verde e jogos em preto e branco (Foto: Divulgação/Nintendo)
Game Boy foi um console portátil desenvolvido pela Nintendo e lançado no Japão em 1989, chegando ao Brasil no início da década de 1990, e fez muito sucesso. A primeira versão do dispositivo tinha tela de cristal líquido em fundo verde e jogos em preto e branco, como o Tetris. Depois, vieram diversas versões.
O Game Boy teve evoluções como display colorido, no chamado Game Boy Color, tamanho menor e duração maior da bateria. Existiam diversas cores, até mesmo o modelo com o corpo transparente, que chamava a atenção. No total, foram criadas seis diferentes versões do console portátil.

Fonte: TechTudo

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