Big data torna possível que empresas e governos 'prevejam' o futuro
EULINA OLIVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Imagine que você entrou numa loja de eletrodomésticos e em instantes um vendedor lhe oferece uma geladeira exatamente como a que você pesquisou na internet pouco tempo antes. Ou que uma prefeitura possa antecipar em três dias, com precisão, o risco de desabamento de uma área. Ou uma empresa que aumentou a previsão de demanda de um determinado produto com base em dados estatísticos coletados em tempo real, elevando sua participação de mercado.
Todas essas situações são possíveis com um fenômeno que vem ganhando cada vez mais força no mundo dos negócios e também na esfera governamental: o big data. Com um volume cada vez maior de dados disponibilizados na internet, por meio da navegação e postagens em sites, blogs, redes sociais —chamados de dados não estruturados—, empresas de tecnologia desenvolveram sistemas capazes de capturar esses dados e analisá-los.
Criou-se, desta forma, uma ferramenta importante para definir os próximos passos de uma companhia, em diversas frentes: em relação a seus clientes, seus funcionários e a seu próprio funcionamento, ao reduzir custos e riscos e melhorar processos.
"Antes do advento do big data, os executivos tomavam decisões principalmente com base em seus sentimentos; agora, essas decisões passam a ser baseadas em dados", afirma Celso Poderoso, coordenador dos cursos de MBA da faculdade de tecnologia Fiap.
A companhia aérea TAM, por exemplo, já investe na ideia. Um dos usos que a empresa faz com o big data é nas operações de manutenção de aeronaves, que começou em 2013.
"Utilizamos séries históricas de dados de manutenção corretiva e preventiva combinados com ferramentas de estatísticas para projetar a demanda futura por esses serviços", explica Mauricio Pascalichio, gerente sênior do Centro de Controle de Manutenção da TAM.
Com o big data, a companhia aérea consegue planejar, com uma antecedência de 18 meses, a mão de obra e o material necessários para os serviços de manutenção, evitando desperdícios. "Esse planejamento com big data tem um índice de precisão de 98%, e o aumento da produtividade é de 11%, afirma Pascalichio.
O Itaú Unibanco investiu R$ 3,3 bilhões em um novo centro tecnológico, localizado em Mogi Mirim (SP). Inaugurado em março deste ano, o centro possui tecnologia para processar e aplicar inteligência de negócio num ambiente de big data. Um dos objetivos é entender o comportamento dos produtos e serviços.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Imagine que você entrou numa loja de eletrodomésticos e em instantes um vendedor lhe oferece uma geladeira exatamente como a que você pesquisou na internet pouco tempo antes. Ou que uma prefeitura possa antecipar em três dias, com precisão, o risco de desabamento de uma área. Ou uma empresa que aumentou a previsão de demanda de um determinado produto com base em dados estatísticos coletados em tempo real, elevando sua participação de mercado.
Todas essas situações são possíveis com um fenômeno que vem ganhando cada vez mais força no mundo dos negócios e também na esfera governamental: o big data. Com um volume cada vez maior de dados disponibilizados na internet, por meio da navegação e postagens em sites, blogs, redes sociais —chamados de dados não estruturados—, empresas de tecnologia desenvolveram sistemas capazes de capturar esses dados e analisá-los.
Criou-se, desta forma, uma ferramenta importante para definir os próximos passos de uma companhia, em diversas frentes: em relação a seus clientes, seus funcionários e a seu próprio funcionamento, ao reduzir custos e riscos e melhorar processos.
| Rodrigo Capote |
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Centro Tecnológico do Itaú, em Mogi Mirim (interior de São Paulo); investimento de R$ 3,3 bilhões |
"Antes do advento do big data, os executivos tomavam decisões principalmente com base em seus sentimentos; agora, essas decisões passam a ser baseadas em dados", afirma Celso Poderoso, coordenador dos cursos de MBA da faculdade de tecnologia Fiap.
A companhia aérea TAM, por exemplo, já investe na ideia. Um dos usos que a empresa faz com o big data é nas operações de manutenção de aeronaves, que começou em 2013.
"Utilizamos séries históricas de dados de manutenção corretiva e preventiva combinados com ferramentas de estatísticas para projetar a demanda futura por esses serviços", explica Mauricio Pascalichio, gerente sênior do Centro de Controle de Manutenção da TAM.
Com o big data, a companhia aérea consegue planejar, com uma antecedência de 18 meses, a mão de obra e o material necessários para os serviços de manutenção, evitando desperdícios. "Esse planejamento com big data tem um índice de precisão de 98%, e o aumento da produtividade é de 11%, afirma Pascalichio.
O Itaú Unibanco investiu R$ 3,3 bilhões em um novo centro tecnológico, localizado em Mogi Mirim (SP). Inaugurado em março deste ano, o centro possui tecnologia para processar e aplicar inteligência de negócio num ambiente de big data. Um dos objetivos é entender o comportamento dos produtos e serviços.
Com o desenvolvimento da computação em nuvem, as empresas não precisam dispor de grandes servidores para armazenamento de dados, o que torna o big data bastante acessível a empresas de todos os tamanhos
Fonte: Folha
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