Implementação da internet das coisas chega a 10% na América Latina, diz Cisco

Implementação da internet das coisas chega a 10% na América Latina, diz Cisco

EFECancún (México)4 nov 2015
O diretor de IoE da Cisco, Amri Tarsis de Oliveira, durante o evento Cisco Live! nesta terça-feira, em Cancún. EFE/Cisco

O diretor de IoE da Cisco, Amri Tarsis de Oliveira, durante o evento Cisco Live! nesta terça-feira, em Cancún. EFE/Cisco

A implementação da internet das coisas (IoE, na sigla em inglês) chegou a 10% na América Latina, uma porcentagem baixa mas que, no entanto, representa um "grande avanço", segundo afirmou nesta terça-feira a companhia de tecnologia Cisco.
"Ainda não temos a massificação que queríamos, mas, embora seja complicado saber com precisão, áreas como automatização e os 'utilities' já adotam a tecnologia", explicou à Agência Efe Amri Tarsis de Oliveira, diretor de IoE da empresa americana, durante a Cisco Live!, evento mais importante de desenvolvedores da região.
Para a companhia fornecedora de serviços de telecomunicações, países como Brasil e México, pelo tamanho de seus mercados, e Colômbia, Chile e Peru, por seu crescimento, estão na vanguarda.
Nesses países, avanços no transporte público solicitado por meio de aplicativos, uso de tecnologias em elementos cotidianos como eletrodomésticos e a difusão dos dispositivos móveis estão alavancando esse crescimento.
"O que estamos vendo hoje é um momento no qual temos inovação, sobretudo em sensores ou em áreas como a segurança. Parece que é pouco, mas, na verdade, é um grande passo para a região", acrescentou o executivo brasileiro.
Tarsis definiu a internet das coisas como "uma boa ferramenta para economizar tempo e dinheiro". Também recomendou o uso da grande quantidade de dados produzidos pelos dispositivos que se conectam à rede para fornecer o desenvolvimento de novas soluções para os usuários finais que "são os mais beneficiados".
No entanto, esclareceu que há outras áreas de negócio, como a saúde e a indústria, nas quais foram registrados avanços mais pela "presença de desafios", entre eles a falta de modelos de negócios efetivos ou carência de tecnologia necessária.
Isso se somou "a grande ausência" de regulações locais que permitam o impulso de programas de massificação da internet das coisas, um tema no qual o executivo considerou como líderes de inclusão o México e o Brasil.
De acordo com Tarsis, quando esses obstáculos forem vencidos, a experiência individual dos usuários finais, a possibilidade de monitorar a própria saúde, o entretenimento, a segurança dos lares e a eficiência das empresas melhorará.
Nessa linha, a Cisco estima que, atualmente, 99% das "coisas" não estão conectadas e estimou em US$ 860 bilhões a "oportunidade" de negócios que a América Latina oferece para empresas fornecedoras de tecnologias de conectividade.
"O bom é que muitas empresas já estão realizando projetos e experimentando com a tecnologia. Esse é o primeiro passo. Vamos ter um avanço exponencial nos próximos anos", comentou.
O executivo da Cisco destacou as facilidades que seriam acrescentadas à rotina diária com uma maior divulgação do uso da internet das coisas.
"Temos que pôr fim à ideia de que a América Latina está atrás. Há muitos bons exemplos que a região avança", concluiu Tarsis, que dirige o Fórum de IoE da Cisco Live!, que segue até quinta-feira na cidade mexicana de Cancún, com participação de 5 mil pessoas.



Fonte: EFE

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