sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Computador quântico do Google e Nasa é 100 milhões de vezes mais rápido

Computador quântico do Google e Nasa é 100 milhões de vezes mais rápido

por Filipe Garrett Para o TechTudo

Engenheiros do Google e da Nasa anunciaram que testes com o D-WAVE 2X, computador quântico desenvolvido pelas duas entidades, atingiu performance 100 milhões de vezes melhor do que um computador comum. O registro impressionante foi obtido em um teste em que o D-WAVE 2X rodou um problema de otimização e encontrou a solução muito mais rápido do que um computador convencional, usando um processador de apenas um núcleo.

Computadores quânticos são um dos grandes sonhos da tecnologia e, aos poucos, estão deixando as páginas da ficção científica. O motivo é a potencial capacidade de processamento desse tipo de equipamento em contraste com os sistemas convencionais.
Computador quântico do Google e da Nasa tem desempenho 100 milhões de vezes superior ao de um computador comum (Foto: Divulgação/D-WAVE) 
Computador quântico do Google e da Nasa tem desempenho 100 milhões de vezes superior ao de um computador comum (Foto: Divulgação/D-WAVE)
Como o nome diz, um computador quântico usa princípios da mecânica quântica para funcionar. Enquanto os computadores atuais calculam e processam informação a partir de bits, compostos de valores binários de 1 e 0, as máquinas quânticas usam qubits, que podem assumir os valores 0 e 1 simultaneamente. Esse detalhe faz do computador quântico muito mais ágil em processamento pesado.
Para dar uma perspectiva dessa diferença de capacidade de processamento, o que o D-WAVE 2X faz em um segundo, um PC comum poderia levar 10 mil anos para alcançar.

O problema de otimização usado no teste é comparável àqueles problemas matemáticos em que é necessário calcular a melhor forma para e atingir um objetivo. Exemplo: um motorista de ônibus precisa cobrir um número X de pontos, espalhados numa área grande. Conforme aumenta o número de pontos, as possíveis rotas se multiplicam até o ponto em que o cérebro humano é incapaz de lidar com tantas variáveis numa janela de tempo realista.

Aí entram os computadores. No caso do D-WAVE 2X, o problema de otimização rodado na máquina tinha um total de 1.000 variáveis, ou “pontos de ônibus”.
Além do natural interesse do Google nas perspectivas por trás dessa tecnologia para acelerar a infinidade de serviços oferecidos via Internet, a Nasa pretende aplicar esse tipo de tecnologia em tarefas exigentes, como cálculos orbitais, controle de tráfego aéreo e mapeamento de mudanças climáticas e do comportamento dinâmico da atmosfera terrestre.
Via ArsTechnica

Fonte: TechTudo

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