Empresa brasileira lança ferramenta para resumir a internet
Lucas Agrela, de EXAME.com
Divulgação/Stilingue
Stilingue: Algoritmo adaptado para o idioma português brasileiro ajuda a encontrar conteúdos de forma intuitiva
Com o uso de inteligência artificial e machine learning, a companhia capta dados não estruturados e os transforma em conteúdos, como relatórios, que podem ser vistos em "tempo real". Em outras palavras, um programa analisa a web, reúne todos os dados sobre um assunto e os exibe de maneira intuitiva.
O software que faz isso é chamado WarRoom. Ele agrega diversas fontes de informações, como sites de notícias, blogs, comentários, fóruns e redes sociais.
A pesquisa, porém, não acontece por meio da comparação de palavras-chave, mas utilizando a inteligência artificial, que analisa as publicações à procura do assunto desejado.
O processo para o usuário não muda, ainda é preciso digitar uma palavra para a busca.
"Por exemplo, em uma pesquisa sobre os atentados de Paris, o software mostra o número de menções, o que estão falando, os tópicos mais populares sobre o assunto e também mostra a discussão dos internautas sobre Mariana. Ou seja, um monte de dados que vem a partir da palavra Paris. O algoritmo lê isso tudo e sintetiza para você esse texto", afirmou Rodrigo Helcer, sócio responsável pela parte de negócios da empresa e também integrante da Play Capital, que investiu na Stilingue neste ano.
Com esse algoritmo de análise de dados, a companhia oferece o seu software de três maneiras: licença (SaaS), API para usá-lo em outros apps e pesquisas.
"Essa tecnologia foi pensada e educada especialmente para o português brasileiro. Isso faz com que o Stilingue entenda nossa língua e cultura, apontando o ‘o quê’, ‘quem’ e ‘onde’ estão as conversas sobre um tema estratégico para nossos clientes. O mais interessante: pró-ativamente, além do que foi informado para o computador”, de acordo com Milton Stiilpen Jr., sócio responsável pela tecnologia.
O projeto nasceu em Ouro Preto, com dois mestrandos em inteligência artificial. Após receber investimentos do fundo Play Capital e a mentoria empreendedora de Helcer, a empresa tomou forma. Agora, ela tem a missão de levar mais inteligência para dentro das companhias brasileiras. Porém, ela já enfrenta a concorrência de empresas estabelecidas nesse segmento, como o Scup.
Fonte: Exame
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