terça-feira, 15 de março de 2016

Lablux: único laboratório do país certificado pelo Inmetro para teste da lâmpada LED

Lablux: único laboratório do país certificado pelo Inmetro para teste da lâmpada LED

Lâmpadas sendo testadas no Lablux
Professor Geraldo Tavares, coordenador do laboratório
 
Lâmpadas em teste
Lâmpadas em teste
 
Bruno Gavinho Serdera, Rodrigo Cavalcanti Tomáz e Amanda Candido de Sena, alunos bolsistas do Lablux
Bruno Gavinho Serdera, Rodrigo Cavalcanti Tomáz e Amanda Candido de Sena, alunos bolsistas do Lablux
 
O governo brasileiro anunciou, em 2011, a gradual proibição das lâmpadas do tipo incandescente, aquelas amarelas. Há seis anos, a implantação de uma nova tecnologia já estava programada. Para isso, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) buscou a participação de laboratórios terceirizados na fiscalização dos produtos. Este é o caso do Laboratório de Luminotécnica da UFF (Lablux).
De acordo com a Lei de Eficiência Energética, todos os equipamentos eletrônicos vendidos no Brasil devem ter um selo que identifica sua real funcionalidade. O Inmetro é responsável por conceder este selo, mas não diretamente. Diversos laboratórios espalhados pelo país realizam, com a devida autorização, a etiquetagem dos produtos.
"Iniciamos com 400 pontos de luminárias e fomos fazendo a etiquetagem de lâmpadas. Hoje temos 8 mil” - Geraldo Tavares
Em função da proibição das lâmpadas incandescentes, outro tipo de lâmpada teve de aparecer. Surgiu a que usamos atualmente, e que já está predestinada a desaparecer. A lâmpada fluorescente compacta, que contém metais pesados, dará lugar a de LED, dez vezes mais eficiente e duradoura.
Na época, a falta de laboratórios especializados em lâmpadas fez com que a Eletrobras abrisse um edital, dando a oportunidade ao Lablux. “Nós montamos o laboratório e começamos a funcionar em 2005. Iniciamos com 400 pontos de luminárias e fomos fazendo a etiquetagem de lâmpadas. Hoje temos 8 mil”, ressalta o professor Geraldo Tavares, coordenador do laboratório.
Hoje, o Laboratório de Luminotécnica é o primeiro e único creditado no Brasil para etiquetagem da lâmpada LED. Para que os fornecedores consigam o selo, deve ser feito um teste de acordo com as regras estabelecidas pelo instituto. “As empresas comerciantes compram o produto em outros países, e mandam essa amostra para testarmos. Com isso, fazemos a avaliação de todos os critérios, e mandamos o resultado para o Inmetro. Assim, com a presença do selo, o empresário pode importar a quantidade que desejar”, explica Tavares.
No teste, a equipe procura ver se todos os parâmetros requeridos pelo regulamento estão de acordo. Avaliam as lâmpadas seguindo os seguintes critérios exigidos pelo Inmetro: eficiência energética, segurança elétrica, ensaio de capacitor e de interferência eletromagnética (EMC).
Pelo fato de ser um laboratório autofinanciável, devido aos serviços prestados no mercado, o Lablux também desempenha a função de escola. A cada ano, cerca de 15 estagiários são contratados. São alunos do curso de Engenharia Elétrica que, além de realizarem os testes, também atuam na área de pesquisa. O objetivo do laboratório é promover a cooperação científica com instituições nacionais e internacionais, ajudando na formação dos profissionais e colaborando no consumo responsável de energia.
O estudante Rodrigo Cavalcanti, integrante do projeto, conta um pouco sobre a sua participação no laboratório: “Eu diria que isso aqui é mais do que um estágio, pois é uma experiência que une o que a engenharia pode oferecer de organização de empresa, relação pessoal e um lado mais corporativo. Além disso, o Lablux nos oferece cursos de capacitação frequentemente. Grande parte dos equipamentos que temos são desenvolvidos por nós mesmos. Eu vejo o laboratório como se fosse uma outra formação que venho ganhando”.
Atualmente, o laboratório está funcionando a todo vapor. Com maior volume de trabalho, aumenta também a responsabilidade, como endossa Adriano Pinheiros, gerente técnico do Lablux. “Um laudo nosso pode fazer um navio voltar. Já aconteceu várias vezes. O que nós descartamos não pode mais ser importado, é um trabalho seríssimo. Por isso, aqui dentro tudo é muito bem controlado”.
O laboratório funciona no Bloco D, do Campus da Praia Vermelha, em São Domingos, Niterói. A página no site da UFF é http://www.uff.br/lablux/.

Fonte: UFF

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