Startup quer substituir trabalhos
repetitivos por inteligências artificiais
Por Redação | em 18.04.2016 às 08h20
A WorkFusion, startup de Max Yankelevich, existe desde 2010 e seu
principal objetivo é estudar mercados de trabalho corporativos e
principalmente suas funções repetitivas a fim de agilizar e baratear
esses processos utilizando inteligências artificiais no lugar da mão de
obra humana.
Tudo começou em 2008, quando o executivo esteve na Índia e visitou
diversos escritórios de “outsourcing” de call center, conhecidos por
aqui como “empresas terceirizadas”. O país é conhecido mundialmente por
fornecer serviços de atendimento ao cliente via telefone a custos mais
baixos do que contratar pessoal no país de origem e, segundo a Statista,
esse é um mercado que vale US$ 27 bilhões.
Depois disso, Yankelevich, que estuda inteligências artificiais desde a
década de 1990, começou a refletir sobre uma maneira das IAs aprenderem
os conhecimentos de um atendente de telemarketing ou suporte técnico e
serem capazes de realizar o mesmo trabalho dessas pessoas, com a
vantagem de que as empresas não precisariam mais contratar terceirizadas
localizadas em outro país ou continente (o que reduziria seus gastos), e
o atendimento poderia acontecer mais rapidamente, eliminando as falhas
humanas.
Desde então a WorkFusion tem planos ambiciosos de abocanhar parte dessa
fatia cobiçada de mercado. Seu algoritmo estuda as tarefas repetitivas
desses empregados utilizando “machine learning”, ou “aprendizagem
automática”, que é um subcampo da inteligência artificial que se dedica a
desenvolver técnicas que permitem ao computador aprender ou aperfeiçoar
seus conhecimentos e desempenho naquela tarefa. Com esse método, os
algoritmos aprendem com a experiência ao invés de somente serem
programados para executar uma função ensinada previamente.
Uma preocupação com relação à substituição de força de trabalho humana
por máquinas é caso a IA encontre um problema que ainda não seja capaz
de resolver. Com atendentes humanos, o empregado poderia pedir um minuto
ao cliente e sanar a dúvida com algum supervisor, por exemplo. No caso
das máquinas, uma solução para isso seria implementar o atendimento
robótico em parceria com o humano - ou seja, os call centers ainda
contariam com profissionais humanos, que tomariam as rédeas do
atendimento caso o computador passasse por alguma dificuldade. Dessa
forma, os trabalhadores (que recebem salários baixos e são comumente
explorados por esse mercado), passariam a atuar como um assistente das
máquinas - possivelmente com melhores condições de trabalho.
No entanto, também há uma preocupação bastante realista com uma provável
elevada taxa de desemprego caso as máquinas passem a realizar os
atendimentos por telefone no lugar dos humanos. Se isso realmente
acontecerá ou não, teremos de esperar para ver.
Fonte: TechInsider
Fonte: Canaltech
Fonte: Canaltech
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