EFE  Pequim
 
De acordo com o chefe do departamento de trânsito local, Song Zhong, o estacionamento robotizado tem duas vantagens. "A primeira é a simplicidade, pois apenas usando o cartão de metrô ou de ônibus já é possível deixar o automóvel, e a segunda é a rapidez, porque entrar e sair desse jeito requer muito menos tempo do que o normal".
Responsável pela administração do trânsito em Sihui, Song destaca que Pequim está construindo muitos destes estacionamentos ao lado de estações de metrô e ônibus para reduzir o número de veículos particulares no centro da cidade.
A Yeefung fabricou estacionamentos automatizados suficientes para alojar 220 mil veículos em toda a China e também vendeu a tecnologia (originalmente italiana, mas que a empresa conseguiu baratear) a países como Irã, Rússia, Turquia, Índia e Tailândia, entre outros.
Enquanto na parte de baixo do estacionamento os motoristas deixam os veículos em plataformas para que de lá sejam encaminhados a algum lugar, nos andares superiores há um sistema mecânico que movimenta os carros até a vaga.
Por meio de plataformas de deslocamento vertical e horizontal com potência para suportar toneladas como se fossem uma pluma, os veículos viajam pelo interior de um estacionamento sem calçada nem paredes, e que é tão somente uma estrutura metálica com aspecto de andaime no qual se acaba encontrando lugar para deixar o carro.
O tempo e a simplicidade para estacionar são dois dos atrativos desta nova infraestrutura - nova para a China, embora no Japão este tipo de estacionamento já seja popular -, mas para os pragmáticos motoristas chineses outra vantagem é o preço.
"Com dois iuanes (R$1,00) é possível estacionar aqui o dia inteiro, enquanto no centro da cidade são cobrados cerca de 20 iuanes (R$ 20,00)", comenta Liu Yann, encarregado de supervisionar o projeto e os trâmites da instalação no estacionamento de Sihui.
Oferecer estacionamentos confortáveis, baratos e de uso rápido pode ser de grande ajuda para resolver os graves engarrafamentos de cidades chinesas como Pequim, que segundo a estatística feita periodicamente pela empresa de sistemas GPS TomTom é a 14ª cidade do mundo onde se perde mais tempo dirigindo.
Segundo a lista da empresa holandesa, andar de carro em Pequim consome 38% mais tempo do que deveria, uma porcentagem que pode subir para 60% ou 70% nos horários de pico.
A capital não é a pior cidade chinesa nesse sentido, pois existe Chengdu (com 41% de tempo perdido em engarrafamentos), e está longe da Cidade do México, a pior cidade no ranking (59%).

Fonte: EFE