sexta-feira, 17 de junho de 2016

Jornalista cria plataforma para que jovens se atraiam pela informação

Jornalista cria plataforma para que jovens se atraiam pela informação
 

EFEViena17 jun 2016

Os criadores do Blendle, Marten Blankesteijn (esq) e Alexander Klöpping (dir). EFE/Robin Van Lonkhuijsen
Os criadores do Blendle, Marten Blankesteijn (esq) e Alexander Klöpping (dir). EFE/Robin Van Lonkhuijsen


Pagar só pelas notícias que lhe interessam, sem a necessidade de comprar todo o jornal ou revista, é a fórmula proposta pela plataforma Blendle para que os jovens se atraiam pela informação, seguindo a fórmula usada pelo Spotify com a música.

"As pessoas jovens sabem que os artigos oferecidos pelos veículos de imprensa são muito melhores e interessantes do que os encontrados de graça na internet e pagariam por eles, mas não para comprar uma revista ou um jornal inteiro", garantiu à Agência Efe o jornalista holandês Maarten Blankesteijn, criador do Blendle junto a Alexander Klöpping.

O que oferece esta plataforma é a possibilidade de escolher um artigo do "The New York Times", outro do "Washington Post" ou uma reportagem da "Time" por cerca de US$ 0,40.

O holandês teve essa ideia quando estava diante de uma prateleira com muitas revistas e só ficou interessado por um ou dois artigos, explicou Blankesteij à Agência Efe durante o congresso Global Editors Network, que termina hoje em Viena.

"Não queria comprar 20 revistas e gastar quase 100 euros para ler um par de artigos de cada uma. Então pensei que deveria existir algo para poder ler e pagar pelos artigos que me interessassem de cada jornal ou revista", explicou.

"Na Holanda temos centenas de milhares de usuários em um país pequeno. A maioria deles tem menos de 40 anos e o maior grupo é formado por jovens de entre 20 e 30 anos", detalhou.

A plataforma conta com cerca de 800 mil usuários que pagam entre US$ 0,19 e US$ 0,39 por um artigo de jornal, enquanto os de revistas custam de US$ 0,09 a US$ 0,49.

Muitos veículos de imprensa qualificaram esta plataforma como o novo Spotify ou o Netflix do jornalismo, uma denominação com a qual estão de acordo seus criadores.

"O Spotify sugere música que o usuário não está buscando e isso é algo que o Blendle também faz porque, se nós vemos que se interessa por política, te ofereceremos artigos de política de revistas ou jornais que não tenha visto antes", argumentou.

Na plataforma só é possível ler o título e o primeiro parágrafo, por isso que, se a um usuário não gostar do artigo ou não for o que esperava, o dinheiro é devolvido.

Atualmente, o Blendle tem disponíveis jornais e revistas da Holanda, Alemanha e Estados Unidos como "The New York Times" e "The Washington Post".

"Os jornais se unem a nós porque também querem atrair e se dirigir à audiência jovem e porque é fácil para eles. Não fazem nada, só recebem o dinheiro quando alguém leu algum de seus artigos e ganham milhões", explicou o fundador.

A plataforma embolsa 30% do dinheiro de cada artigo e o resto vai para os próprios meios de comunicação.


Fonte: EFE

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