Parlamento Europeu quer classificar robôs
como "pessoas eletrônicas"
Por Redação | em 22.06.2016 às 11h34 Robôs
Os robôs estão, aos poucos, ganhando cada vez mais espaço entre nós.
Muitos deles realizam tarefas sozinhos, sem precisar de qualquer tipo de
ajuda de um humano. Observando essa tendência e o avanço de tecnologias
robóticas, o Parlamento Europeu propôs em uma moção, datada de 31 de
maio, que defende que os robôs devem ser considerados "pessoas
eletrônicas".
Com a novidade, os robôs passariam a ter direitos e obrigações a
cumprir, especialmente relacionados às leis trabalhistas.
A
classificação de "pessoas eletrônicas" poderia regulamentar até que
nível os robôs poderiam estar presentes dentro das empresas, diminuindo o
receio crescente de que grande parte da força de trabalho possa ser
substituída por máquinas no futuro, causando um aumento relevante do
desemprego.
A comissão deixa claro "que ao menos os robôs autônomos mais
sofisticados poderiam ser estabelecidos tendo o status de pessoas
eletrônicas, com direitos e obrigações específicas".
Com isso, cada robô
seria registrado em um sistema único, com o objetivo de facilitar o
controle sobre a quantidade de máquinas e aplicação de regras pelos
governos.
A moção defende, ainda, que as organizações declarem o valor
que estão economizando com a substituição de pessoas por robôs para
tentar evitar uma desestruturação nos programas de seguridade social.
Patrick Schwarzkopf, diretor do departamento de robótica e automação da
VDMA, afirmou que a inclusão de direitos e deveres para os robôs não faz
sentido agora, já que é "algo que pode acontecer em 50 anos".
"Nós
pensamos que seria muito burocrática e impediria o desenvolvimento da
robótica", declarou.
Para que a ideia possa se tornar realidade, o Parlamento Europeu precisa
persuadir os políticos do bloco a apoiar a causa, visto que o órgão não
tem autoridade de propor leis no continente.
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