Pesquisa mostra que a internet incentiva as
pessoas a lerem mais
Por Redação | em 23.06.2016 às 21h05
Existe uma ideia popular de que heavy users de internet não nutrem
interesse por leituras tradicionais, já que investem mais tempo
conferindo as redes sociais, por exemplo, do que curtindo um livro. Mas
esse mito acaba de cair por terra graças a uma pesquisa feita pela TNS
para a Livraria Cultura.
Os resultados revelaram que o conteúdo das
mídias sociais e de blogs estimula os leitores a se interessarem por
publicações impressas.
E não é como se lêssemos pouca coisa na internet – pelo contrário, lemos
muito, mas com menos profundidade do que se estivéssemos lendo
revistas, matérias de jornais e livros.
A pesquisa mostrou que o
brasileiro lê, em média, 6,5 tipos de publicações, e os livros
apareceram como a segunda opção preferida, logo depois das leituras
rápidas do cotidiano das notícias na rede.
Quanto ao que se lê na internet, o foco é mantido nas leituras
relacionadas à informação (artigos como este aqui, reportagens e
conteúdos informativos em geral).
Essas leituras são mais rápidas e
realizadas em trechos ou blocos. Já o meio impresso dá margem a um maior
foco e dedicação ao que se está lendo, já que nele os brasileiros
costumam preferir conteúdos relacionados a lazer e relaxamento, como
romances, ficções e dicas de autoajuda.
O tipo de leitura mais
aprofundada é de fato o livro impresso, formato que ainda é o escolhido
de quem lê a Bíblia (tendo 71% de preferência).
Ainda de acordo com o
estudo, 63% dos leitores de livros preferem os exemplares físicos aos
e-books, enquanto 47% dos leitores de quadrinhos optam pelo formato
físico.
Já entre os leitores de revistas, somente 41% disse preferir a
leitura em mãos, enquanto o restante já migrou para o formato digital
oferecido por elas.
Mas o que pode justificar essa preferência por livros físicos em pleno
ano de 2016?
Bom, o estudo indicou que como os computadores e celulares
dominam cada vez mais nosso dia a dia, as pessoas acabam recorrendo aos
livros físicos como uma espécie de refúgio da tecnologia.
Outro motivo
seria o conforto na hora da leitura, já que os displays ainda são um
tanto quanto incômodo na hora de fazer uma leitura mais demorada (com
exceção de gadgets específicos para leitura, como o Kindle, por
exemplo).
E por falar em e-books
A pesquisa também avaliou a escolha por e-books na hora de embarcar em
uma nova leitura.
“Apesar de conhecerem os dispositivos de leitura
digital e entenderem seus benefícios, ainda existe um baixo interesse na
troca do exemplar impresso por um meio digital”, concluiu.
Isso porque, no geral, e-books ainda são associados a conteúdos gratuitos ou de baixo custo e, por isso, o sucesso dessa categoria ainda é pautado por preços convidativos – mais baixos do que dos exemplares impressos.
E essa ideia foi confirmada pela pesquisa, que mostrou que
somente 4% dos leitores de livros em geral utilizam algum leitor de
e-book.
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