segunda-feira, 25 de julho de 2016

China aumenta esforços para produção de energia solar

China aumenta esforços para produção de energia solar

Lucas Mearian, Computerworld
25 de julho de 2016 - 15h35

País tem metas de produzir 150 bilhões de watts até 2020 e se mantém líder mundial na produção de energia renovável
A agência de notícias estatal da China, Xinhua News, informou que o país está aumentando seus esforços em energia solar, adicionando 20 bilhões de watts (20GW) somente no primeiro semestre desse ano, de acordo com um relatório da Reuters. 
A instalação de 20GW supera a maioria das expectativas de analistas com ampla margem, aponta Mohit Anand, analista sênior da consultoria Global Solar Markets com a GTM Research.
Anand alertou que a Agência Nacional de Energia (NEA) da China ainda precisa oficializar os números de sua capacidade solar, mas ele disse que não há razões para duvidar o relatório da agência de notícias estatal. 
De acordo com o Xinhua News, os planos da NEA são de acrescentar 20GW anualmente até 2020. Dessa forma, a previsão é que a capacidade solar da China atinja 150 GW até 2020. Só nesse ano, é esperado instalar de 23 GW a 25 GW. 
Em 2015, a China superou a Alemanha ao se tornar a líder mundial em produção de energia solar.
Ao longo de 2015, os Estados Unidos ficou em quarto lugar, com 26GW comparado aos 44GW da China. A Alemanha instalou 38GW no final do ano passado. Nesse ano, os Estados Unidos espera acrescentar uma capacidade solar de 14,5 GW, aponta Anand. 
Fabricantes de painéis solares da China lideram a produção mundial. Ao impulsionar o mercado doméstico, a China corta sua dependência em mercados estrangeiros, algo particularmente importante a luz de recentes conflitos comerciais com os Estados Unidos e a Europa. 
Incentivos do governo e acesso facilitado a redes de fornecimento levaram fabricantes de painéis solares a reduzirem significativamente seus custos, aponta Tyler Ogden, analista na Lux Research.
“Ter capacidade local de produção também leva a instalações mais baratas devido a uma cadeia de fornecimento mais próxima”, analisa Ogden. “Entretanto, é importante notar que apesar dos relatórios da China colocarem o país na posição líder, sistemas são sujeitos a reduções e alguns operadores reportaram atrasos no pagamento de tarifas. Apesar do número ser impressionante, a China ainda tem problemas para lidar”. 
Além disso, assim como os Estados Unidos, a China colocou para si uma meta agressiva para a redução de gases que causam o efeito estufa. 
Uma das razões para o aumento inesperado na capacidade solar no primeiro semestre de 2016 se deu devido a "tarifa feed-in" da China. As tarifas são incentivos para instalações solares por que elas garantem que um preço fixo por gigawatt será pago para energia solar produzida. No caso da China, a tarifa caiu de 15 centavos para 12 a 13,5 centavos por kilowatt hora de energia solar dependendo da região. 
Da mesma forma como os Estados Unidos, províncias chinesas produzem mais energia solar que outras por que se encontram em regiões mais ensolaradas. Aquelas que produzem mais energia recebem tarifas mais baixas. 
O movimento da China em aumentar a geração de energia solar vem na mesma época em que o país está pressionando suas outras áreas de alta tecnologia, incluindo a supercomputação. 
A China manteve a liderança entre as fabricantes de supercomputadores, de acordo com a 47ª edição da lista TOP500. 
O supercomputador Sunway TaihuLight da China é o novo sistema número 1, com 93 petaflop/s – quadrilhões de cálculos por segundo. 

Fonte: IDGNow

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todas postagem é previamente analisada antes de ser publicada.