Cientistas descobrem como usar
nanopartículas de silício para combater o câncer
Por Redação | em 26.07.2016 às 22h35
Quando se trata de combater o câncer com nanopartículas, atualmente a
preferência entre a classe médica tem sido o ouro.
Mas, segundo uma
pesquisa da Universidade Estadual de Lomonosov, de Moscou, e do
Instituto Leibniz de Tecnologia Fotônica, na Alemanha, as nanopartículas
de silício apresentam melhores resultados e são biocompatíveis.
Nos
dias atuais as nanopartículas de silício são limitadas ao uso no mercado
de eletrônicos, mas isso pode mudar à medida que os estudos avançam.
Segundo os pesquisadores, o tratamento do câncer com nanopartículas de
silício penetra nas células doentes, e tais partículas são completamente
dissolvidas depois de entregar sua carga de medicações nas células
cancerígenas.
A pesquisa representa mais um grande passo no campo dos
"theranostics", no qual uma ferramenta de diagnóstico é combinada com
uma ferramenta terapêutica para tratar uma doença.
Embora muitas dessas
técnicas sejam utilizadas, o principal problema de nanopartículas
metálicas é que elas apresentam problemas de biocompatibilidade.
Apesar
da técnica ser eficiente em entregar drogas em células cancerígenas, há
efeitos secundários negativos que trazem danos nos rins e fígado.
"A razão é que o ouro, a prata, o óxido de titânio, o seleneto de cádmio
e uma infinidade de outras nanopartículas quase não são excretados",
disse o pesquisador Liubov Osminkina.
"Quando as nanopartículas atingem a
corrente sanguínea, elas podem ficar presas em órgãos internos e depois
de um tempo começarem a prejudicar o organismo devido a efeitos tóxicos
prolongados."
Em busca de uma nanopartícula biocompatível, os pesquisadores perceberam
que o silício poroso não era apenas biocompatível, mas também pode
trazer benefícios para a saúde porque eles se torna ácido silícico
quando dissolvido.
Tal substância é vital para que os ossos fiquem
fortes e mantenham os tecidos conjuntivos saudáveis.
Em uma pequisa,
Osminkina descobriu uma maneira de verificar como as nanopartículas de
silício se desintegram.
Com uma técnica de luz que fornece um sinal, a
equipe do pesquisador "não só conseguiu localizar as nanopartículas nas
células, mas também conseguiu assistir ao processo de desintegração".
Os pesquisadores descobriram que as nanopartículas de silício localizam
as células infectadas dentro das primeiras cinco a nove horas e, em
seguida, penetram nas células.
Logo depois de penetrar nas células e
entregar o tratamento do câncer, elas começam a se biodegradar.
Após o
13º dia, as nanopartículas param de emitir sinal e se dissolvem
completamente. "Assim, pela primeira vez, mostramos que as
nanopartículas de silício poroso podem ser agentes 'theranostics'
completamente inofensivos para muitos tipos de câncer", disse Osminkina.
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