Governo dos EUA mostra preocupação quanto a
aplicativos de saúde
Por Redação | em 27.07.2016 às 13h40
Aplicativos de saúde e fitness, que reúnem informações sobre hábitos,
rotinas de exercício, dados médicos e outros, são a nova onda dos
dispositivos móveis.
E, justamente por isso, acabaram se tornando
assunto também para o governo dos Estados Unidos, que em um comitê do
Senado, mostrou preocupações quanto à segurança na transferência desses
dados para a nuvem e em relação a seu uso pelos próprios donos de
smartphones.
Foram várias as questões levantadas pelo grupo de participantes, que
reuniu políticos, autoridades e especialistas em tecnologia em uma
sessão conjunta do Departamento de Energia e Comércio do governo dos
EUA.
E a principal delas, ao contrário do que poderíamos imaginar, não
tem necessariamente a ver com hackers – apesar de o uso de informações
médicas para golpes ou o roubo de tais dados ter sido levantado como uma
das preocupações correntes.
A maior preocupação está na utilização destes aplicativos pelos próprios
usuários.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, existem
mais de 165 mil aplicativos de saúde para os diferentes sistemas
operacionais e finalidades, e todos, sem exceção, exibem os dados de
forma indiscriminada para os próprios utilizadores.
Eles, entretanto, na
maioria das vezes, não possuem o conhecimento e experiência para
interpretar os resultados, no que pode levar a automedicação (e
intoxicações pelo uso indiscriminado de remédios) ou salas de espera
mais lotadas por hipocondríacos.
Outro ponto de atenção foi o possível uso comercial desse tipo de
aplicação, pelo fato de que muitos dos aplicativos disponíveis são
desenvolvidos por fabricantes de produtos para consumo ou equipamentos
médicos.
Em ambos os casos, o pedido dos especialistas foi por mais
regulação, de forma a proteger usuários do uso indiscriminado de suas
informações e também criar formas de facilitar o entendimento das
informações, ou seu acesso sem acompanhamento médico adequado.
A sessão chegou, ainda, à conclusão de que sistemas que armazenam dados
médicos localmente nos aparelhos são mais seguros do que aqueles que
trabalham com o envio de informações para a nuvem.
Aqui, foram citados o
uso de Wi-Fis inseguros e o potencial risco de interceptação por
hackers, uma possibilidade que poderia ser simplesmente bloqueada para
evitar problemas.
Apesar de algumas conclusões, não houve decisão definitiva.
O governo
deve continuar contando com a ajuda de especialistas para chegar a
conclusões e integrar os aplicativos de saúde a normas gerais.
Nos EUA,
por exemplo, existem atos que protegem a privacidade de pacientes e de
suas informações, mas eles se aplicam apenas a dados físicos.
Uma das
principais ideias é fazer com que a regulamentação também se aplique ao
mundo digital e os aplicativos.
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