sexta-feira, 22 de julho de 2016

Quando o design é o diferencial do negócio

Quando o design é o diferencial do negócio

Por Victor Levy
A jornada de um empreendedor ao criar um novo negócio é repleta de incógnitas. Devemos estar atentos a gastos, colaboradores, parceiros, concorrentes, clientes e outras inúmeras variáveis que contribuem para validação do negócio. E quando o carro-chefe da empresa é um produto, o design é um aspecto determinante. O seu produto, no final das contas, precisa sempre ser a solução para algum problema enfrentado pelo seu público-alvo. Porém, para torná-lo reconhecido e para que o consumir se torne torne um verdadeiro fã e propagador da sua marca, não há como esquecer da questão de usabilidade e estética. O design pode, sim, ser determinante para a sobrevivência do seu negócio.
Sabemos que sem um estudo intenso sobre o público-alvo nenhuma empresa vai para frente. Mas o que nem todo mundo pensa é na forma como o design pode influenciar a decisão de compra e até mesmo fidelizar um cliente. Oferecer uma solução que, além de útil, seja funcional, atrativa e que de fato se diferencie no mercado é imprescindível para garantir a competitividade em meio a tantos produtos e serviços inovadores lançados diariamente. Cria-se, então, um laço emotivo com os seus clientes.
Quando pensei em produzir uma solução para recolocar as moedas em circulação no mercado e diminuir o problema crônico de falta de troco, sabia que teria um grande desafio para tornar um equipamento com um hardware complexo ser também convidativo e que não intimidasse as pessoas, como equipamentos de autoatendimento em geral. Deveria priorizar o design do produto e do serviço, principalmente porque a máquina deveria atender a um público amplo: desde crianças recém alfabetizadas até adultos.

catamoeda 
Basicamente, o design do produto precisa estimular o consumidor. Diversas pesquisas já mostraram o quanto embalagens atraentes são mais escolhidas, independente de serem de marcas mais conhecidas ou do preço. O nosso cérebro é estimulado pelo aspecto visual. Isso é fácil de se perceber nas estantes do supermercado e nas vitrines das lojas, por exemplo. Agora, pense em um produto grande de autoatendimento. Conseguiu lembrar de algum? Então, precisávamos diferenciar o nosso produto de qualquer outro do estilo e torná-lo chamativo.
Por trás de um bom design há pesquisa, metodologia e até mesmo alguma intuição. Fizemos muitos estudos de ergonomia para poder criar uma máquina única e viável economicamente. Um equipamento tecnológico e inovador que também passasse ao usuário uma emoção lúdica.
Tanto investimento de tempo e estudo trouxe um retorno inesperado: o Prêmio Objeto Brasil 2016. A máquina foi destaque na categoria design de produto – serviços geradores de receita – e foi uma recompensa por entendermos o design como deveria ser sempre tratado: o diferencial do negócio. Desenvolver uma caixa retangular fácil de ser produzida e replicada seria relativamente fácil, é o que vem sendo a norma do mercado. Mas quem disse que esse é o caminho que devemos seguir? Preferimos criar uma solução disruptiva, que criasse um vínculo emocional com nossos usuários.
Victor Levy CEO e fundador da startup Catamoeda S/A
Fonte: IDG

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