Em desuso, telefones públicos vão auxiliar transporte público em São Paulo
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Em desuso, telefones públicos vão auxiliar transporte público em São Paulo
EFE São Paulo
Projeto
'Smart Orelhão' promete usar telefones públicos de São Paulo para
auxiliar o transporte público da cidade. EFE/Sebastião Moreira O
Projeto 'Smart Orelhão' promete usar os 25 mil telefones públicos de
São Paulo - muitos deles abandonados - para auxiliar o transporte
público da maior cidade brasileira. Uma agência de publicidade foi
a idealizadora da iniciativa, que tenta ajudar os mais de 2,7 milhões
de passageiros diários de ônibus da cidade com informações que os
permitam se orientar entre as centenas de linhas da maior rede de
transporte urbano do país. "O mais importante do projeto é que não
é uma nova tecnologia, mas um novo uso das que já existiam: de um lado
tínhamos informações públicas dos ônibus e, do outro, os dados da Anatel
com as posições dos telefones públicos", afirmou à Agência Efe Rafael
Franzini, diretor de criação da Agência LDC. A Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), reguladora estatal, indicou que a média de
chamadas diárias a partir de telefones públicos em São Paulo é de só
duas ligações. A iniciativa disponibiliza o número 0800-887-0878,
para o qual o passageiro ligará gratuitamente e será atendido por um
sistema automático de resposta. O dispositivo localizará o usuário e lhe
dirá quais as linhas que passam pelo ponto mais próximo. O 'Smart
Orelhão' foi uma das propostas do Festival Red Bull Basement, que foi
realizado no último fim de semana, em São Paulo, para incentivar a
produção, a pesquisa e a divulgação de projetos que buscam o
aproveitamento do mobiliário urbano em plataformas digitais.
"É
uma maneira de interferir na cidade. Antes tínhamos uma intervenção mais
artística, como o grafite ou a arte andarilha, por exemplo, e hoje
podemos pensar em uma proposta mais digital, com dispositivos
eletrônicos e sensores diversos", destacou Andrei Speridião, idealizador
do Red Bull Basement. Para ele, este tipo de iniciativas permite
"que as pessoas atribuam novos significados aos lugares" em que habitam e
com os quais têm contato diário, mas às vezes despercebido, como no
caso dos telefones públicos em desuso.
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