China e Rússia lideram ranking global de
desenvolvedores de softwares
Por Redação | em 31.08.2016 às 20h50
Apesar de hospedar e ser o berço das maiores empresas tech do mundo, os
Estados Unidos não estão no topo do ranking de desenvolvedores. A
plataforma HackerRank propôs um desafio global de programação que
revelou que os desenvolvedores de softwares mais talentosos se
concentram na China, com Rússia e Polônia vindo em seguida.
Entre todos os competidores, os chineses se destacaram nos desafios
baseados em matemática, programação funcional e estrutura de dados,
atingindo uma média de 100% de sucesso. O segundo lugar foi ocupado
pelos russos, que se mostraram melhores com algoritmos e obtiveram um
rendimento praticamente igual, de 99,9%.
Apesar de ter a maioria dos participantes, os Estados Unidos ocupam a
28ª posição, com 78% de média de sucesso. A Índia, conhecida por ser o
país com maior taxa de crescimento em profissionais de TI, também
apresentou um desempenho menor do que o esperado, ocupando a 31ª
posição, com 76% de sucesso.
A HackerRank começou a apresentar desafios de programação em 2008. Os
fundadores, engenheiros com experiência na Amazon e na IBM, idealizaram
uma plataforma que concentrasse as pessoas mais talentosas da área para
possíveis recrutadores, além de oferecer um espaço para prática e
aprendizado de programação.
São 15 áreas de teste com mais de 35 linguagens de programação. A área
mais procurada é a dos algoritmos, reunindo 40% de todos os
participantes. Para os criadores do site, uma das razões desta
popularidade se deve ao fato de os participantes escolherem a linguagem
de programação para completar os testes.
Desafios de Java e estruturas de dados foram completados por apenas 9%
dos participantes. Os de inteligência artificial ficaram entre os 10
mais procurados com 2,9% de testes completos. Já os de sistemas
distribuídos e de segurança ocuparam a última posição.
A China dominou três das 15 áreas e isso pode ser explicado pela cultura
extremamente competitiva do país, que estimula jovens a entrarem para o
universo da programação e competições globais. A Polônia liderou os
desafios de Java e a França, os de C++, enquanto o Japão conquistou o
melhor lugar em inteligência artificial e a Ucrânia em desenvolvimento
de softwares de segurança.
O Brasil ficou em 38º no ranking geral e não se classificou nos cinco
primeiros lugares de nenhuma das 15 áreas testadas. Talvez uma possível
explicação tenha a mesma raiz da China, a educação, porém, no sentido
contrário. O Brasil já demonstrou ser talentoso em desenvolvimento,
porém, o ensino e estímulo à programação por aqui acaba sendo irrisório.
Talvez seja a hora de estimularmos mais os jovens a entrarem para o
mundo TI não apenas como consumidores, mas como programadores.
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