Cinco empregos estranhos que poderão
existir dentro de quinze anos
Por Redação | em 01.09.2016 às 06h46
A evolução extremamente rápida da tecnologia faz com que o retrato da
nossa sociedade seja bem diferente a cada dez ou quinze anos. Hábitos
mudam radicalmente, bem como a forma de nos comunicarmos e também de nos
relacionarmos, e o mercado de trabalho também acompanha essas mudanças.
Por exemplo, até alguns anos atrás quase ninguém se imaginaria fazendo
transporte de pessoas pela cidade por meio de um aplicativo de celular e
ganhando dinheiro por isso, mesmo sem nenhum vínculo empregatício.
Hoje, a Uber já conta com pelo menos 10 mil motoristas e promete fazer
com que esse número suba para 30 mil ainda em 2016. Outro exemplo são os
especialistas em mídias sociais: muitos desses profissionais vieram do
mundo da publicidade e do marketing, e boa parte deles não imaginou que
trabalharia diretamente com a internet quando decidiu prestar o
vestibular.
Para Ayah Bdeir, CEO da Littlebits e especialista em invenções
domésticas, acredita que 65% dos empregos existentes em 2030 ainda não
existem em 2016, ou estão começando a surgir timidamente agora. A
executiva listou cinco empregos hoje considerados estranhos que poderão
ter bastante relevância dentro de quinze anos.
Veterinário e robô ao mesmo tempo
Robôs realizando inspeção médica em um cavalo (Reprodução: Equimagine)
Dentro de 15 anos, é bastante provável que os donos de gatos e cachorros
acabem sendo atendidos por robôs no consultório do veterinário. Não
exatamente para fazer uma consulta, mas, assim como a robótica e a
inteligência artificial estão ganhando espaço na medicina humana, é
natural que essas tecnologias também sejam aplicadas em outras áreas
médicas - como a veterinária, por exemplo.
Desenvolvedor de jogos comportamentais
Bdeir acredita que, nesse futuro próximo, os jogos funcionais dominarão o
mercado e, com eles, a ocupação de desenvolvedor e desenhar jogos
relacionados à saúde e comportamento surgirá. E um game que tem sido
responsável por melhorar casos de depressão, estresse e ansiedade já em
2016 é Pokémon GO, que exige que o jogador se movimente por aí se quiser
capturar novos monstrinhos. Ao sair de casa, caminhar e interagir com
outras pessoas, os jogadores têm sentido sua saúde (física e mental)
melhorar significativamente.
Especialista em “holotransporte”
Usando o HoloLens, da Microsoft, o rapaz foi transportado virtualmente
para outro local, interagindo com outra pessoa que está fisicamente ali
(Reprodução: Divulgação)
Já que o teletransporte ainda não existe, uma alternativa viável para
uma pessoa “estar” em dois lugares ao mesmo tempo, ou ser virtualmente
transportada para outro destino, é a realidade aumentada. E a Microsoft
já vem trabalhando em uma tecnologia que levará o indivíduo
holograficamente a outro local, mais ou menos como quando o R2-D2 exibiu
uma mensagem holográfica para a Princesa Leia em Star Wars - e o nome
que essa tecnologia ganhou por enquanto foi “holoportation”, algo como
“holotransporte” em português.
Então, dentro de quinze anos, especialistas que dominam esse tipo de
tecnologia serão mais do que necessários nesse novíssimo mercado.
Engenheiro climático
Enquanto no final do século XX e nesses primeiros anos de século XXI a
humanidade vem destruindo o planeta, tendo de lidar com problemas
climáticos relacionados ao efeito estufa, por exemplo, Bdeir espera que
dentro de quinze anos os futuros “engenheiros climáticos” usem seus
conhecimentos científicos e expertise com novas tecnologias para, se não
for possível reverter os danos que causamos, que pelo menos consigam
manipular o clima do planeta para amenizar a situação.
Uma possibilidade é a criação de árvores artificiais para sugar o
excesso de gás carbônico da atmosfera, limpando o ar mais rapidamente do
que se fossem feitas plantações de árvores naturais - que levam anos ou
até mesmo décadas para crescer.
Criador de órgãos artificiais
Orelha e nariz artificiais criados com impressora 3D (Reprodução:
Divulgação)
Órgãos artificiais já existem e muitos deles já foram devidamente
implantados com sucesso em pacientes de diversos tipos de doenças, mas
essa tecnologia ainda é bastante nova e está dando seus primeiros passos
para, talvez dentro de quinze anos, se tornar “arroz com feijão”.
Produzir órgãos artificialmente reduz as imensas filas de espera por
órgãos verdadeiros, consequentemente salvando a vida de mais pessoas em
menos tempo.
Bdeir prevê que, em breve, estudantes, médicos e cientistas unam forças e
conhecimentos para criar órgãos artificiais em massa em laboratórios,
usando até mesmo as impressoras 3D.
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