Jogo Pokémon Go se transformou em uma febre mundial. EFE/Eliseo Trigo
Um projeto de pesquisa liderado pela Universidade de Barcelona (UB) analisará o efeito do fenômeno do jogo Pokémon GO nos museus e lugares inscritos na lista do Patrimônio Mundial da Unesco.
O estudo está a cargo dos professores Chikahiro Hanamura, da Universidade da Prefeitura de Osaka (Japão), Jordi Tresserras Juan, da Universidade de Barcelona, e Eduardo Escalante Carrillo, do Instituto Nacional de Antropologia e História do México.
Segundo informou a UB, os temas de pesquisa em pauta focam na gamificação em museus e lugares patrimoniais, identificando experiências e estratégias para captar um novo público a partir das buscas por pokémon em espaços singulares.
Os especialistas iniciaram um mapeamento das experiências existentes e contam com a colaboração dos profissionais dos museus e do patrimônio mundial responsáveis pela gestão de público e dos 'community-managers', que viram a importância deste jogo, que utiliza o recurso da realidade aumentada e teve nas redes sociais um processo de viralização sem precedentes.
De acordo com os pesquisadores, o fenômeno Pokémon GO está supondo uma nova forma de uso do espaço público e uma aproximação dos chamados "não públicos", em relação a museus e espaços patrimoniais significativos, como é o caso dos lugares inscritos na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco.
As experiências inovadoras, como os "tours" do Metropolitan Museum of Art de Nova York, que organiza caças de pokémon, também contam com restrições, como é o caso dos memoriais do Holocausto em diferentes localidades do mundo e de espaços de culto que querem evitar a banalização e os conflitos.
Os resultados desta pesquisa serão apresentados no III Congresso Internacional de Turismo Cultural, que acontecerá em Córdoba (sul da Espanha) nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2017.
Fonte: EFE
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