Estudo revela que jogar duas horas de videogame por semana
traz benefícios
EFE
Barcelona
6 set 2016
Duas horas de videogame por semana pode ser benéfico.
EFE/Juan Ignacio Mazzoni
Duas horas de videogame por semana pode ser benéfico, mas
jogar nove horas semanais já pode ser associado a problemas de conduta e menos
habilidades sociais, segundo um estudo feito por pesquisadores do Hospital do
Mar e do Instituto de Saúde Global (ISGlobal) de Barcelona.
O estudo, que orienta sobre quantas horas por semana são
apropriadas para que as crianças em idade escolar joguem videogames, foi
publicado na revista científica "Annals of Neurology".
O trabalho, liderado pelo doutor Jesús Pujol, médico do
serviço de Radiologia do Hospital do Mar e pesquisador do Instituto Hospital do
Mar de Investigações Médicas (IMIM) tenta encontrar a relação entre as horas por
semana dedicadas a jogar aos videogames e certas habilidades intelectuais e
problemas de conduta em 2.442 crianças de entre 7 e 11 anos.
As crianças que jogam videogames têm melhores habilidades
motoras e um melhor rendimento escolar, embora duas horas por semana sejam
suficientes para obter estes benefícios.
O estudo constatou que jogar nove horas ou mais por semana
se associa à presença de problemas de conduta, conflitos com os companheiros e
menores habilidades sociais.
Na análise das imagens de ressonância magnética do cérebro
de um subgrupo de crianças, é possível observar que o uso dos videogames
"estava associado a um melhor funcionamento de circuitos cerebrais que são
importantes para a aquisição de novas habilidades através da prática, concretamente
das conexões entre os gânglios basais e os lóbulos frontais", explicou
Pujol.
Segundo o pesquisador, "tradicionalmente, as crianças
adquirem as habilidades motoras através da ação, por exemplo com esportes e
jogos ao ar livre.
A pesquisa sugere agora que o treino com os entornos
virtuais e de computador é capaz também de modificar os circuitos do cérebro
que se ocupam da aprendizagem de habilidades motoras".
Os especialistas concluíram que os videogames em si não são
nem bons e nem maus, mas a quantidade de tempo investida nele faz com que seja
uma coisa ou outra.
Fonte: EFE
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