quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Sistema planeja usar o corpo humano para enviar senhas seguras

por Filipe Garrett Para o TechTudo 
O corpo humano pode ganhar uma função inesperada em breve: rede de envio de dados importantes. Isso é o que pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, investigam em projeto que garante mais segurança na transferência de informações. A ideia é usar o corpo humano para trocar dados sensíveis, como senhas, evitando que sejam interceptadas por criminosos.

O projeto desenvolve métodos de autenticação para interfaces físicas e dispositivos conectados com Internet das Coisas, mas ainda não tem previsão de chegar ao mercado. Como o envio de dados via redes sem fio também pode ser invadido, a ideia é usar o corpo humano como meio de propagação da informação e evitar o acesso de estranhos.
Corpo serve como rede para propagar informações de senha de forma segura (Foto: Divulgação/Universidade de Washington) 
Corpo serve como "rede" para propagar informações de senha de forma segura (Foto: Divulgação/Universidade de Washington)

Um exemplo típico do funcionamento desse tipo de autenticação seria a abertura de uma porta inteligente, configurada para dar passagem apenas para pessoas autorizadas. O usuário poderia tocar um leitor de digitais no aparelho celular, que emitiria um sinal de identificação por meio do corpo, até que ele fosse recebido pela maçaneta: em caso de identificação positiva da identidade do usuário, a porta seria aberta.

O uso do leitor de digitais do celular não é coincidência, já que esse tipo de sensor biométrico é central na pesquisa dos cientistas da universidade. Usar a capacidade desse tipo de sensor de segurança em definir com precisão a identidade de um usuário, além da capacidade do aparelho celular de emitir sinais com transmissão pelo corpo humano, dá ao projeto condições básicas de funcionamento.
Além do leitor de digitais de celulares, foram usados sensores similares e touchpads de notebooks. O que não muda em nenhum caso é que o aparelho dotado de capacidade de leitura biométrica emite um sinal de baixa frequência, que é propagado pelo corpo humano, evitando completamente a transmissão sem fio.
Há, contudo, uma limitação óbvia para essa tecnologia. Como ela depende do corpo para propagar informação, é preciso que o usuário esteja em contato físico com o leitor biométrico e com o dispositivo que tenta desbloquear, ou abrir. Nesse sentido, portanto, você não poderá usar o corpo para abrir o e-mail ou acessar uma conta de rede social, por exemplo.
Apesar disso parecer restringir a aplicação do projeto, vale lembrar que além de abrir portas, a tecnologia poderia permitir acesso seguro a uma série de aparelhos de risco, como equipamentos médicos, maquinário pesado em indústrias e equipamento sensível em laboratórios, além de ter aplicação em diversos dispositivos conectados. Por exemplo, sua geladeira poderia ser programada para abrir apenas com a sua permissão.
Fonte: TechTudo

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