Sistema planeja usar o corpo humano para enviar senhas seguras
por
Filipe Garrett
Para o TechTudo
O corpo humano pode
ganhar uma função inesperada em breve: rede de envio de dados
importantes. Isso é o que pesquisadores da Universidade de Washington,
nos Estados Unidos, investigam em projeto que garante mais segurança na
transferência de informações. A ideia é usar o corpo humano para trocar
dados sensíveis, como senhas, evitando que sejam interceptadas por
criminosos.
O projeto desenvolve métodos de autenticação para interfaces físicas e dispositivos conectados com Internet das Coisas, mas ainda não tem previsão de chegar ao mercado. Como o envio de dados via redes sem fio também pode ser invadido, a ideia é usar o corpo humano como meio de propagação da informação e evitar o acesso de estranhos.
Corpo serve como "rede" para propagar informações de senha de forma segura (Foto: Divulgação/Universidade de Washington)
Um exemplo típico do funcionamento desse tipo de autenticação seria a abertura de uma porta inteligente, configurada para dar passagem apenas para pessoas autorizadas. O usuário poderia tocar um leitor de digitais no aparelho celular, que emitiria um sinal de identificação por meio do corpo, até que ele fosse recebido pela maçaneta: em caso de identificação positiva da identidade do usuário, a porta seria aberta.
Além do leitor de digitais de celulares, foram usados sensores similares e touchpads de notebooks. O que não muda em nenhum caso é que o aparelho dotado de capacidade de leitura biométrica emite um sinal de baixa frequência, que é propagado pelo corpo humano, evitando completamente a transmissão sem fio.
Há, contudo, uma limitação óbvia para essa tecnologia. Como ela depende do corpo para propagar informação, é preciso que o usuário esteja em contato físico com o leitor biométrico e com o dispositivo que tenta desbloquear, ou abrir. Nesse sentido, portanto, você não poderá usar o corpo para abrir o e-mail ou acessar uma conta de rede social, por exemplo.
Apesar disso parecer restringir a aplicação do projeto, vale lembrar que além de abrir portas, a tecnologia poderia permitir acesso seguro a uma série de aparelhos de risco, como equipamentos médicos, maquinário pesado em indústrias e equipamento sensível em laboratórios, além de ter aplicação em diversos dispositivos conectados. Por exemplo, sua geladeira poderia ser programada para abrir apenas com a sua permissão.
Fonte: TechTudo
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