quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Ministro quer criar conselho informal para ampliar diálogo com a comunidade científica

Ministro quer criar conselho informal para ampliar diálogo com a comunidade científica

Na primeira reunião do CCT desde a retomada, em novembro, Gilberto Kassab defendeu a criação de uma junta consultiva informal e desburocratizada. Conselho também aprovou a composição de seis comissões temáticas.

Por Ascom do MCTIC
Publicação: 14/12/2016 | 10:55
Última modificação: 14/12/2016 | 11:02
CCT é composto por seis comissões temáticas: Assuntos Cibernéticos; Capital Humano; Financiamento, Cooperação Internacional e Avaliação; Marco Legal; Pesquisa e Infraestrutura; e Tecnologia e Inovação.
Crédito: Ascom/MCTIC

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, quer ampliar o diálogo com integrantes do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) em 2017 e sugere a realização de reuniões mensais e informais. A proposta foi feita nesta terça-feira (13) durante o primeiro compromisso oficial do colegiado desde a sua retomada, em novembro. O encontro também definiu a composição das seis comissões temáticas do CCT.
"A ideia que eu proponho é a criação de um conselho consultivo informal, desburocratizado, em que a gente integre membros do CCT e possa se reunir todo mês", explicou Kassab, ao marcar o encontro inicial do grupo para 24 de janeiro, no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). "Como eu digo sempre, esse ministério é da comunidade científica. Qualquer que sejam seus gestores, eles estão de passagem para apoiar vocês nas suas iniciativas, que são muito horizontais e diversas."
O CCT aprovou seis comissões temáticas, que se reuniram nesta terça-feira. Com isso, o colegiado passa a se dividir em Assuntos Cibernéticos; Capital Humano; Financiamento, Cooperação Internacional e Avaliação; Marco Legal; Pesquisa e Infraestrutura; e Tecnologia e Inovação. 
Comissões
Para o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC, Alvaro Prata, a comissão Tecnologia e Inovação abrange um tema crítico a ser enfrentado pelo CCT. "Há um consenso de que é inadmissível, para falar o mínimo, que a boa ciência do Brasil não seja utilizada amplamente em benefício do nosso desenvolvimento econômico e social", comentou. "Essa transformação é fundamental para manter e ampliar a competitividade do nosso país. Talvez esse seja o grupo de trabalho com os maiores desafios."
Na visão do secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTIC, Jailson de Andrade, a comissão Financiamento, Cooperação Internacional e Avaliação precisa "pensar e repensar as atuais e as novas formas de captação de recursos". "Mais do que nunca, qualificar melhor os gastos e os investimentos em ciência e tecnologia", defendeu. 
Já o secretário de Política de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, lembrou que Assuntos Cibernéticos estão presentes na última Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti). "Eu entendo que seja necessário que a comunidade científica abrace a discussão do mundo virtual, porque, a partir disso, uma série de pesquisas novas surgirá", avaliou. "Enfim, é um mundo completamente novo, no qual a ciência precisa se debruçar."
Sobre a comissão Capital Humano, o secretário Prata destacou os impactos da educação para transformar o país. "Nós temos 800 cientistas e engenheiros por milhão de habitante e é preciso que esse número cresça para perto de 3 mil profissionais envolvidos com atividades de pesquisa e desenvolvimento", apontou. "Dificilmente o sujeito chega à pesquisa sem uma iniciação. Então, se a criança não for despertada para ciências naturais, para matemática, ela vai encontrar barreiras futuras para se motivar a seguir uma carreira na área."
O secretário Jailson defende a comissão Pesquisa e Infraestrutura como um caminho para discutir o tamanho e a articulação necessários aos grandes laboratórios nacionais, "para atuar na fronteira do conhecimento". 
Já a comissão Marco Legal deve abordar o ordenamento jurídico-administrativo em torno de ciência, tecnologia e inovação.
Estratégia
O CCT validou a Encti 2016 a 2022, apresentada pelo secretário Jailson. "A Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação é um documento de gestão, de meio de caminho, precedida pela Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, feita e revisada pelo CCT. A Encti encaminha os grandes temas da Política Nacional e, a partir dela, são feitos planos setoriais que envolvem praticamente toda a Esplanada [dos Ministérios] e inúmeros setores."
O colegiado aprovou, ainda, mudanças em seu regimento interno – a possibilidade de ministros serem representados por seus secretários-executivos nas reuniões e a substituição do antigo Ministério das Comunicações pelo MME no Conselho.
Criado em 1996, o CCT é um órgão consultivo de assessoramento superior da Presidência da República para formulação, implementação e avaliação da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, como fonte e parte integrante de planos, metas e prioridades de desenvolvimento do país.
 
Fonte: MCTIC


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todas postagem é previamente analisada antes de ser publicada.