sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Investigação conclui que carro da Tesla não falhou em acidente fatal

Investigação conclui que carro da Tesla não falhou em acidente fatal

Motorista morreu em colisão nos EUA em um Model S em 2016.
Foi o primeiro caso de morte em um veículo semi-autônomo.
Do G1, em São Paulo

Tesla Model S após acidente que matou o motorista, na Flórida (Foto: Divulgação/NTSB) 
Tesla Model S após acidente que matou o motorista, na Flórida (Foto: Divulgação/NTSB)
O departamento de transportes dos Estados Unidos (NHTSA) encerrou as investigações do acidente que matou o motorista de um Tesla Model S em maio do ano passado, no estado da Flórida. Não foi encontrada nenhuma evidência de falha no veículo.
 
O Model S bateu em um caminhão que fez uma curva à sua frente e o condutor do Tesla morreu na hora.
O NHTSA considerou que houve distração do motorista e que os sistemas de frenagem automática e Autopilot (condução semi-autônoma) não contribuiram para o acidente.

'Piloto automático'
Espécie de "piloto automático" nos carros da Tesla, o Autopilot permite que o veículo ande sozinho dentro de alguns limites, como de velocidade e tempo de condução.

Esse tipo de autonomia limitada não existe apenas na Tesla: está presente em carros de outras marcas vendidos inclusive no Brasil. Nenhum deles é um carro 100% autônomo: por enquanto, isso só ocorre em testes.

Por que é polêmico
O acidente com o Model S levantou discussões em todo o mundo porque foi a primeira morte em um veículo com esse tipo de tecnologia, levantando questionamentos sobre a segurança dos sistemas autônomos.

O NHTSA ressaltou que, mesmo que um carro esteja temporariamente no sistema de direção semi-autônoma, cabe ao motorista ficar atento às condições de tráfego e estar preparado para intervir em situações de emergência.

7 segundos
A investigação aponta que houve um período prolongado de distração do motorista antes do acidente, de pelo menos 7 segundos.

Além disso, 2 minutos antes da colisão, o veículo teve a velocidade de cruzeiro aumentada pelo motorista para 119 km/h, enquanto limite da via era de 104 km/h. O excesso de velocidade já tinha sido apontado em relatório preliminar.
Nas condições climáticas e da via, a investigação aponta que o motorista deveria conseguir ver o caminhão pelo menos 7 segundos antes da colisão.
O relatório ainda afirma que não houve qualquer tentativa de evitar o acidente por parte do motorista, seja acionando o freio ou retomando a direção do veículo.
Tesla Model S (Foto: Divulgação)
 

Autopilot foi atualizado
Mesmo antes de as investigações terem sido concluídas, a Tesla promoveu uma série de mudanças no sistema 'Autopilot'. Elas inclusive foram elogiadas no documento do NHTSA.

Uma das maiores mudanças é a desativação do sistema caso o motorista não responda aos sinais sonoros emitidos pelo carro e indique que está a postos para assumir o controle a qualquer momento. No Twitter, o fundador da Tesla, Elon Musk, classificou o fim das investigações como "muito positivo".

O acidente
A investigação começou após o acidente que matou Joshua Brown. O Model S colidiu lateralmente com um caminhão quando estava com o Autopilot ligado.

O acidente aconteceu em uma rodovia na Flórida e os sensores do carro não perceberam que uma carreta fez uma curva para a esquerda à sua frente, em um cruzamento. O Tesla acabou entrando embaixo o caminhão e o teto foi arrancado, segundo descreveu o jornal local "The Levy Count".
O carro continuou se arrastando até sair da pista e bater em uma cerca. Brown, de 45 anos, morreu na hora. O condutor do caminhão não se machucou.
Joshua Brown aparece sem as mãos no volante em imagem capturada de vídeo postado pelo motorista no YouTube; ele tinha no carro uma espécie de 'piloto automático' (Foto: AP via YouTube) 
Joshua Brown aparece sem as mãos no volante em imagem capturada de vídeo postado pelo motorista no YouTube; ele tinha no carro uma espécie de 'piloto automático' (Foto: AP via YouTube)

Tesla Model S P85D (Foto: Divulgação) 
Tesla Model S P85D (Foto: Divulgação)

Fonte: AutoEsporte

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