O avião modular e sem janelas [CT Inovação]
Por Igor Lopes RSS | em 23.01.2017 às 13h47
A A3 (que se pronuncia A Cubed), empresa do grupo Airbus com sede no
Vale do Silício, está trabalhando em um novo projeto de avião sem uma
visão direta para o céu: sem janelas e com diversos serviços a bordo.
Chamado Transpose, o projeto busca repensar o conceito das cabines
tradicionais, fabricando uma estrutura flexível que possa ser moldada de
acordo com os voos e interesses dos passageiros.
O conceito é o mesmo utilizado nos trens, em que cabines e carrinhos de
café podem ser acionados ou removidos. A companhia imagina um Starbucks,
dormitórios com beliches, área de jogos para crianças, academia, spa e
até mesmo um cinema em suas aeronaves. O objetivo é não ter que criar um
avião totalmente novo, pois isso custaria no mínimo US$ 15 bilhões.
Dessa forma, ao utilizar um cargueiro adaptado, como no Airbus A330 de
longo alcance, o interior da aeronave poderá ser trocado em oito horas
ou menos, visto que ele já está sendo desenhado para transportar pesados
containers.
“As companhias aéreas não são alérgicas a mudanças, mas o alto custo
dificulta a velocidade para testar coisas novas “, afirmou Jason Chua,
um dos responsáveis pelo projeto Transpose. Outro ponto do projeto é um
design sem janelas, em que será utilizada uma tecnologia de telas OLED
embutidas nas paredes de cada módulo. O empresário aponta, porém, que as
janelas não têm sua importância somente no conforto dos passageiros,
mas também, na segurança de todos a bordo.
É por isso que o Transpose ainda terá algumas janelas, pelo menos seis
em cada lado do avião para se certificar de que a tripulação possa
enxergar do lado de fora do avião em caso de emergência. "Você pode ter
uma ótima experiência, mas se não for seguro, as pessoas não devem estar
voando. Essa é definitivamente nossa primeira prioridade", ressaltou
Chua. A equipe responsável pelo Transpose já alugou um armazém perto de
San José, na Califórnia, para construir no início de 2017 um protótipo
para testar voos simulados. Até o fim desta década, a equipe planeja
demonstrar os conceitos em pleno voo.
Fonte: Canaltech
Fonte: Canaltech
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