Software calcula expectativa de vida para cardiopatas
Sistema baseado na inteligência artificial ajuda médicos a saberem de antemão quais pacientes estão em estado crítico
José Mendiola Zuriarrain
O que é a medicina
senão um grande amontoado de dados e informações? Cada consulta se
resume em múltiplas perguntas com as quais o médico vai listando as
possíveis causas da doença e seu posterior tratamento. Agora, se este
volume de dados e informações for bem grande, a precisão do tratamento e
o possível impacto da enfermidade sobre o paciente crescem
exponencialmente. O que ocorre é que a capacidade humana é limitada, e
nesta correlação, na qual mais informação equivale a um diagnóstico mais
preciso, o homem perde frente à máquina.
Pensando nisso, uma equipe de pesquisadores do Instituto de Ciências Médicas MRC, de Londres, acrescentou o ingrediente mágico à fórmula: a inteligência artificial. Num trabalho de campo com a participação de quase 300 pacientes com enfermidades cardíacas, foram analisados os dados acumulados ao longo de oito anos para determinar, com grande precisão, a expectativa de vida dos doentes. Concretamente, a equipe conseguiu acertar em 80% dos casos quais pacientes viveriam um ano mais, ao passo que os médicos, sem essa ferramenta, só fazia a previsão correta em 60% dos casos.
O sistema se baseou nos resultados de ressonâncias magnéticas e
exames de sangue ao longo de todos esses anos, não só dos pacientes
analisados, mas também de outros pacientes que foram alimentando o
sistema. Por que essa descoberta é importante? Porque com ela os médicos
saberão de antemão quais pacientes estão em situação crítica e poderão
se beneficiar mais do tratamento, ampliando sua expectativa de vida. O
sistema permitiria aos médicos oferecer “o tratamento adequado aos
pacientes que o necessitam, no momento adequado”, diz Tim Daws, um dos responsáveis pelo estudo.
A inteligência artificial é capaz de analisar os parâmetros anormais e desenhar um cenário futuro com grande precisão, permitindo que os médicos ajam conforme os resultados apontados. O uso maciço de dados já começou a ser aplicado nos tratamentos contra o câncer, em que a informação ao longo do tempo tem um papel crucial. A equipe se dispõe agora a estender o teste a mais hospitais, com o propósito de desenvolver um sistema que não se limite a antecipar a expectativa de vida, mas também a indicar o tratamento ideal para cada paciente.
Fonte: El País
Pensando nisso, uma equipe de pesquisadores do Instituto de Ciências Médicas MRC, de Londres, acrescentou o ingrediente mágico à fórmula: a inteligência artificial. Num trabalho de campo com a participação de quase 300 pacientes com enfermidades cardíacas, foram analisados os dados acumulados ao longo de oito anos para determinar, com grande precisão, a expectativa de vida dos doentes. Concretamente, a equipe conseguiu acertar em 80% dos casos quais pacientes viveriam um ano mais, ao passo que os médicos, sem essa ferramenta, só fazia a previsão correta em 60% dos casos.
A inteligência artificial é capaz de analisar os parâmetros anormais e desenhar um cenário futuro com grande precisão, permitindo que os médicos ajam conforme os resultados apontados. O uso maciço de dados já começou a ser aplicado nos tratamentos contra o câncer, em que a informação ao longo do tempo tem um papel crucial. A equipe se dispõe agora a estender o teste a mais hospitais, com o propósito de desenvolver um sistema que não se limite a antecipar a expectativa de vida, mas também a indicar o tratamento ideal para cada paciente.
Fonte: El País
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