Portugueses desenvolvem técnica para coibir contrabando de armamento nuclear
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Portugueses desenvolvem técnica para coibir contrabando de armamento nuclear
EFEGuarda (Portugal)
Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. EFE/Julián Martín
Um
grupo de pesquisadores da Universidade de Coimbra, em Portugal,
desenvolveu uma nova técnica, mais eficaz que a que existe atualmente,
para detectar nêutrons térmicos e combater assim o contrabando de
material radioativo e armamento nuclear. A iniciativa é obra dos
cientistas portugueses Fernando Amaro, Cristina Monteiro e Joaquim
Santos, da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Coimbra. Estes
especialistas comprovaram que a detecção dos nêutrons térmicos pode ser
mais eficaz a partir do uso do boro, ao invés dos sistemas atuais
baseados em gás hélio, já que as reservas de hélio-3 são muito reduzidas
no planeta, segundo o estudo. Por isso, o grupo de cientistas
buscou alternativas com o uso de materiais sólidos, ao invés de um gás,
para a detecção de nêutrons térmicos como ferramenta que permita
combater esse tipo de contrabando nas regiões fronteiriças. Assim,
no trabalho desenvolvido foram substituídos os átomos de hélio-3 por
"nanopartículas" de boro (isótopo boro-10), outro material capaz de
detectar os nêutrons térmicos. Para tornar esta técnica mais
eficaz, o grupo de cientistas portugueses produziu um gás artificial,
criando uma mistura entre as "nanopartículas" de boro e gás comum, que é
capaz de detectar os nêutrons.
Segundo Fernando Amaro, "trata-se
de uma técnica inovadora e eficaz, com grande potencial para
revolucionar a detecção de nêutrons". Os resultados do estudo, que
contou com a colaboração de pesquisadores do Instituto Paul Scherrer,
da Suíça, foram publicadas nesta quinta-feira na revista internacional
"Scientific Reports". EFE
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