Temor à tecnologia dos
veículos autônomos cresce nos EUA, afirma estudo
EFE Washington
19 abr
2017
O estudo,
realizado pela empresa J.Sr. Power, também constatou as diferenças geracionais
na hora de confiar nas novas tecnologias que possibilitam a condução
automática. EFE/CJ GUNTHER
Um estudo
divulgado nesta segunda-feira revelou que os americanos temem cada vez mais as possíveis
falhas da tecnologia dos veículos autônomos, à medida que se aproxima o momento
em que começarão a circular nas estradas do país.
O estudo,
realizado pela empresa J.Sr. Power, também constatou as diferenças geracionais
na hora de confiar nas novas tecnologias que possibilitam a condução
automática.
Quase
metade (49%) dos chamados "baby boomers", nascidos entre 1946 e 1964,
apontaram que suas principais preocupações nos veículos autônomos são as falhas
ou erros tecnológicos, enquanto essa cifra cai para 30% na "geração
Z" (entre 18 e 28 anos).
Outro
dado interessante é que as cifras dos que dizem não confiar na tecnologia
autônoma aumentaram em comparação com o ano passado: 11 pontos percentuais
entre a "geração Z" e nove pontos entre os "baby boomers".
Kristin
Kolodge, da J.Sr. Power, declarou em um comunicado que "na maioria dos
casos, à medida que os conceitos tecnológicos se tornam realidade, a
curiosidade e aceitação dos consumidores aumenta".
"Com
os veículos autônomos, vemos um esquema no qual a confiança provoca o interesse
na tecnologia e, assim mesmo, o nível de confiança está caindo",
acrescentou Kolodge.
Kolodge
também destacou que 40% dos "baby boomers" não vê "nenhum
benefício" nos veículos autônomos.
Porém, ao
mesmo tempo, as tecnologias que possibilitam a criação de veículos autônomos,
como a proteção perante colisões e a ajuda à condução, despertam cada vez mais
interesse.
Nestas
categorias se incluem sistemas como os de freio de emergência, câmera traseira,
luzes inteligentes e controle de velocidade inteligente.
"A
condução automática é um conceito novo e complexo para muitos consumidores;
terão que experimentá-la pessoalmente para entendê-la completamente",
especulou Kolodge.
"À
medida que sistemas como o controle de velocidade inteligente, a freada
automática e o aviso de ponto morto de visão se tornem mais normais, os
compradores ganharão mais confiança em retirar as mãos do volante e permitir
que seus veículos intervenham para prevenir erros humanos", completou.
O estudo
da J.Sr. Power foi realizado entre janeiro e fevereiro deste ano com respostas
enviadas através de internet por 8.500 pessoas que compraram um veículo novo
nos últimos cinco anos.
Fonte: EFE
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