Nova sede da Apple inova entre as empresas da indústria tecnológica



Nova sede da Apple inova entre as empresas da indústria tecnológica

EFE Nova York
30 mai 2017 

O Apple Park é um campus que utiliza múltiplas inovações para tornar realidade alguns dos sonhos de Steve Jobs. EFE/Apple
O Apple Park é um campus que utiliza múltiplas inovações para tornar realidade alguns dos sonhos de Steve Jobs. EFE/Apple

A Apple está dando os últimos toques na sua nova sede de Cupertino, um enorme complexo similar a uma nave espacial e assinada pelo arquiteto Norman Foster que representa uma inovação na indústria tecnológica.
O Apple Park é um campus em forma de anel que, ao longo de seus mais de 708 mil metros quadrados, utiliza múltiplas inovações para tornar realidade alguns dos sonhos de Steve Jobs, entre eles replicar a sensação de abertura e liberdade que esperam fora do trabalho seus 12 mil ocupantes.
Os oito anos que demorou para ficar pronta revelam grandes quantias e maravilhas técnicas, como uma porta de vidro de quatro andares de altura, mas, para o chefe de projeto da Apple, Jonathan Ive, a maior conquista foi "fazer um prédio onde muita gente pode se conectar, colaborar, caminhar e falar", segundo a revista "Wired".
Essa era a principal ideia de Jobs, cofundador da Apple transformado em guru tecnológico, que passou os dois anos antes de sua morte em 2011 desenvolvendo os detalhes de um complexo que combinaria natureza e funcionalidade junto com uma equipe de arquitetos liderados por Norman Foster.
Segundo a empresa, o Apple Park, que começará a ser ocupado pelos funcionários a partir de uma data não especificada de junho, é o maior prédio naturalmente ventilado do mundo e foi projetado para não precisar de calefação nem de ar condicionado durante nove meses do ano.
"Conseguimos um dos prédios mais eficientes em energia do mundo e o campus funcionará apenas com energia renovável", explicou o diretor-executivo da Apple, Tim Cook, sobre a sustentabilidade do projeto.
Como qualquer grande empresa tecnológica que se preze na atualidade, a Apple não poupou em curiosidades para as suas novas instalações. A mais chamativa: o auditório Steve Jobs, com forma cilíndrica, paredes de vidro de seis metros de altura e capacidade para 1.000 pessoas.
Além disso, os funcionários poderão fazer exercício, ir ao médico ou relaxar em um centro de conforto de 9.000 metros quadrados que esconde uma sala de ioga de dois andares, coberta por um tipo de pedra que lembra o hotel favorito de Jobs em Yosemite.
Ou talvez preferirão relaxar na cafeteria, onde até 4.000 trabalhadores podem se sentar entre o andar principal e as áreas de varanda, inclusive ao ar livre quando faz bom tempo, abrindo as duas enormes portas de vidro.
Com um orçamento de US$ 5 bilhões, o prédio suporta terremotos e é rodeado por 9.000 árvores resistentes à seca, características que abrem caminho para se trabalhar na Califórnia como "idealizado" por Jobs.
Ainda que inicialmente o Apple Park fosse ocupar um local de 303 mil metros quadrados a menos de dois quilômetros do seu escritório central, o Infinite Loop, a entrada no mercado de um terreno previamente ocupado pela Hewlett-Packard (HP), onde Jobs trabalhou aos 12 anos, mudou o destino da sede.
O começo da Apple já está longe no tempo, uma vez que seus primeiros computadores foram lançados em 1977 na garagem da casa de Jobs, hoje considerado lugar histórico e situado não muito longe da garagem onde sua admirada HP também deu os seus primeiros passos, em Palo Alto.
Como uma nave espacial vinda do futuro, o Apple Park demonstra o que só algumas poucas podem na atualidade: é difícil, mas não impossível, alcançar o sucesso na competitiva indústria tecnológica e não morrer na tentativa, uma corrida que para a Apple já dura quatro décadas.

Por Nora Quintanilla.

Fonte: EFE



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