Para secretário, setor de biocombustíveis demonstra o potencial da ciência brasileira

Para secretário, setor de biocombustíveis demonstra o potencial da ciência brasileira

Em seminário, Alvaro Prata reforçou o apoio do MCTIC a iniciativas de expansão do setor. "Se há uma demonstração daquilo que podemos fazer, certamente são as nossas atividades ligadas aos biocombustíveis", afirmou.

Por Ascom do MCTIC
Publicação: 25/05/2017 | 15:03
Última modificação: 25/05/2017 | 15:08 

O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Alvaro Prata, participou da abertura do seminário Biodiesel e Bioquerosene: Sustentabilidade Econômica e Ambiental, em Brasília.
Crédito: Ascom/MCTIC

O dinamismo do setor de biocombustíveis é resultado da capacidade da ciência brasileira. A avaliação é do secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Alvaro Prata, na abertura do seminário Biodiesel e Bioquerosene: Sustentabilidade Econômica e Ambiental, realizado pela União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), nesta quarta-feira (24), no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
"Queremos que a nossa boa ciência promova o nosso desenvolvimento econômico e social", disse o secretário. "E se há uma demonstração daquilo que nós podemos fazer e daquilo pelo qual o Brasil pode ser reconhecido no mundo, certamente são as nossas atividades ligadas aos biocombustíveis."
Prata destacou que a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti), válida até 2022, contém um plano de ação voltado a energias renováveis, com ênfase em biocombustíveis. "O MCTIC também possui um entusiasmo muito grande pelo RenovaBio, programa anunciado pelo Ministério de Minas e Energia [MME] em dezembro passado, a fim de somar esforços em prol do desenvolvimento, da expansão e do sucesso da produção. Damos, ainda, um passo adicional ao trabalhar com a recém-lançada Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Renováveis para Aviação."
O secretário lembrou que, no âmbito do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), o MCTIC estruturou a Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel (RBTB). "Essa iniciativa tem tido grande sucesso e nunca é demais mencionar que, dos 14 editais específicos para promoção de pesquisa, desenvolvimento e inovação, 13 foram lançados em parceria com o CNPq", afirmou. "O 14º envolveu a Finep [Financiadora de Estudos e Projetos]."
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Segundo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o governo federal discute o aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao óleo diesel. "Eu não vejo mais, com toda a sinceridade, dificuldade para a gente poder, de fato, já estar falando em 10% no início do ano que vem e para que, ainda em 2017, tenha uma notícia positiva, que seria a antecipação do B9 [9%]."
Para Coelho Filho, esses avanços integram o caminho para o país superar o momento de dificuldade. "Se tem um setor que sofreu bastante nos últimos anos foi o de biocombustíveis, principalmente etanol e biodiesel, por uma série de problemas", comentou. "Eu não tenho a menor dúvida de que vamos sair da crise. As bases estão muito bem lançadas."
O presidente do Conselho Superior da Ubrabio, Juan Diego Ferrés, celebrou os 10 anos da entidade e sua parceria com o governo federal em torno de energias renováveis. "Aproveitamos para multiplicar pela sociedade brasileira as novas ideias do programa RenovaBio, que apresenta soluções modernas para buscar mecanismos econômicos agregados a todos os princípios de desenvolvimento sustentável, de forma que as atividades econômicas permitam maior aceleração dos investimentos em prol da sustentabilidade."
Já o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Guy de Capdeville, ressaltou atividades de pesquisa da instituição em biodiesel e, mais recentemente, combustíveis de aviação. "É uma demanda grande que está chegando ao país", observou. "E a Embrapa tem procurado atuar no desenvolvimento de matérias primas, insumos e processos que possam tornar essa cadeia produtiva muito mais eficiente, com preços competitivos e que possam, de fato, fazer uma diferença para a economia nacional e para os setores envolvidos."
O secretário de Mudança do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Everton Lucero, enfatizou "o engajamento e compromisso da área ambiental do governo com uma pauta que leva em conta os três pilares do desenvolvimento sustentável: social, ambiental e econômico". Para ele, os biocombustíveis se enquadram no conceito, "por envolver pesquisa, tecnologia e capacidade de gerar empregos e dinamizar a economia".
Também participaram da mesa de abertura o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges, o presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FrenteBio), deputado federal Evandro Gussi (PV-SP), e o senador Cidinho Santos (PR-MT). A Ubrabio organizou o seminário com apoio do MCTIC, do MME e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
 
Fonte: MCTIC

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