quarta-feira, 21 de junho de 2017

Esta tinta pode transformar paredes em usinas de energia infinita

Esta tinta pode transformar paredes em usinas de energia infinita


Pesquisadores desenvolvem tinta "solar" capaz de absorver vapor d'água e dividi-lo para gerar hidrogênio, considerado o combustível do futuro

São Paulo – Já pensou se as paredes da sua casa pudessem gerar energia limpa? Pelo menos em laboratório isso já é possível. Pesquisadores da Universidade RMIT (Royal Melbourne Institute of Technnology), na Austrália, desenvolveram uma tinta “solar” capaz de absorver o vapor de água do ar e dividi-lo para gerar hidrogênio, uma fonte de energia limpa e inesgotável
A tinta contém um composto recém-desenvolvido que atua como gel de sílica, aquele material comumente usado em saquinhos
para absorver a umidade de medicamentos, bolsas e caixas de sapato e mantê-los sempre secos. Mas, além de absorver umidade do ar, o novo material, a base de sulfureto de molibdênio sintético, também atua como um semicondutor.

É aí que a mágica acontece. Na presença de luz solar, esse composto catalisa a divisão do vapor de água em oxigênio e hidrogênio. Para captar a luz solar, os pesquisadores misturaram dióxido de titânio no composto.
“O óxido de titânio é o pigmento branco que já é comumente usado na pintura de parede, o que significa que a adição simples do novo material pode converter uma parede de tijolos em uma usina de energia”, diz o pesquisador principal do estudo Dr. Torben Daeneke, em comunicado.
Os pesquisadores Kourosh Kalantar-zadeh e Torben Daeneke com um frasco da tinta "solar".
Os pesquisadores Kourosh Kalantar-zadeh e Torben Daeneke com um frasco da tinta “solar”. (RMIT University/Divulgação)

A invenção tem uma série de vantagens, segundo ele. “Não há necessidade de água limpa ou filtrada para alimentar o sistema. Qualquer lugar que tenha vapor de água no ar, mesmo áreas remotas longe da água, pode produzir combustível“, afirma.
O passo seguinte para avançar no processo é encontrar uma forma de armazenar o combustível hidrogênio na prática, o que de forma alguma afeta o caráter extraordinário da descoberta. Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico científico ACS Nano, da American Chemical Society.

Fonte: EXAME

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