Já é possível criar seres humanos em impressoras 3D?
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19 jun 2017 — 15h08

A resposta para o questionamento do título dessa matéria, sendo curto e grosso, é ainda não. Mas isso não quer dizer que não haja planos e até uma empresa criada para desenvolver uma impressora capaz de “imprimir” um ser humano completamente, por exemplo, em outro planeta. Hoje em dia, esse dispositivo já existe e consegue imprimir proteínas, mas no futuro, a ideia é que possa praticar o que os cientistas chamam de “teletransporte biológico”.
Essas são as ambições da Synthetic Genomics, a empresa criada pelo geneticista e biotecnólogo Craig Venter para ajudar com a evolução tecnológica do Digital-to-Biological Converter, ou no bom e velho português, conversor digital para biológico.
O dispositivo, que ainda funciona como um protótipo aparentemente desorganizado, é capaz de montar estruturas de DNA usando os blocos adenina, citosina, guanina e timina, que você talvez se lembre da época de escola (ou conheça ainda melhor que esse que vos escreve).

Protótipo da "impressora de humanos"
Ter uma impressora como mãe?
O aparelho funciona como uma impressora que, em vez de cartuchos de diferentes cores de tinta, usa elementos químicos que formam o corpo humano. Seu criador, Venter, esteve envolvido no projeto de mapeamento do genoma humano e vem tentando criar uma sequência de DNA assim, artificialmente, praticamente do nada, há anos.São muitas as aplicações que uma “impressora 3D de gente” poderia ter, mas a que mais chama atenção, tanto pela ousadia quanto pela polêmica que certamente viria a causar, é seu envolvimento em um possível projeto de terraformação de Marte que a SpaceX de Elon Musk pretende realizar em um futuro próximo.
Segundo o próprio Venter, as impressoras poderiam ser usadas no Planeta Vermelho para a criação de bactérias que poderiam alterar completamente o meio ambiente marciano, chegando ao ponto de gerar vida mais complexa que daria a Marte condições de ser habitado por humanos.

Exemplo do funcionamento do dispositivo
Beirando (e ultrapassando) a ficção
Mais ousado ainda que isso, e claro, pensado para um futuro ainda mais remoto, é a possibilidade de “imprimir” as próprias pessoas em solo marciano em vez de passar meses e gastando muito dinheiro tentando enviar pessoas da Terra. Um dispositivo mais complexo poderia, na teoria, montar uma estrutura completa de um humano novinho em folha em locais ainda mais distantes.O problema é que a prática ainda está tão inserida em uma realidade de ficção científica que apenas o tempo vai poder mostrar se é algo realmente viável. Humanos impressos em uma impressora 3D? Talvez nossa geração não esteja mais aqui para testemunhar essa façanha da tecnologia.
Fonte(s): Motherboard
Fonte: Tecmundo
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