Não há limite para tempo de vida dos seres humanos, dizem estudos
Em cinco
pesquisas publicadas na revista Nature, pesquisadores refutam a ideia de
que o tempo máximo de vida das pessoas é de 115 anos
29 jun 2017, 11h06
São Paulo – Cientistas chegaram à conclusão de que pode não existir um limite de tempo de vida para os seres humanos – ou, pelo menos, ninguém comprovou que exista essa fronteira. Convidados pela renomada revista Nature, pesquisadores de várias instituições espalhadas pelo globo publicaram cinco artigos na última edição da publicação contestando a ideia de uma “barreira” natural, proposta por cientistas americanos em 2016.
Em outubro do ano passado, o geneticista molecular Jan Vijg, em parceria com seus colegas da Faculdade de Medicina Albert Einstein, publicou uma pesquisa na Nature em que concluía que a idade máxima para um ser humano é de 115 anos. Na época, diversos cientistas criticaram o estudo, afirmando que os métodos e as conclusões tiradas por Vijg e seus colegadas não foram bem fundamentadas.
Agora, pela primeira vez, esses críticos tiveram a chance de explicar cientificamente as suas opiniões na própria Nature. Dois deles, os biólogos Bryan Hughes e Siegfried Hekimi, da Universidade McGill, no Canadá, analisaram os dados da pesquisa de 2016 e chegaram à conclusão de que o tempo de vida humano pode ser ilimitado.
Os pesquisadores analisaram os períodos de vida dos supercentenários (pessoas com mais de 100 anos) de Estados Unidos, Reino Unido, França e Japão desde 1968. Eles descobriram que tanto o tempo de vida máximo quanto o médio podem aumentar até um futuro previsível – no caso, até 2300, data usada na análise dos pesquisadores.
O artigo de Hekimi e Hughes ainda faz um histórico da expectativa de vida no Canadá para validar a sua pesquisa. Segundo os cientistas, em 1920, um cidadão do país esperava viver até os 60 anos, em 1980, essa expectativa aumentou para 76 anos e, agora, o canadense moderno espera viver até os 82 anos. Assim, para os biólogos, o tempo máximo de vida dos humanos segue a mesma tendência.
Fonte: EXAME
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