terça-feira, 22 de agosto de 2017

Nova Zelândia dá bolsa de R$ 60 mil de doutorado em qualquer área

Nova Zelândia dá bolsa de R$ 60 mil de doutorado em qualquer área

País quer atrair pessoas qualificadas por isso oferece uma série de vantagens e permissão de trabalho em tempo integral
São Paulo – As inscrições para o programa do governo da Nova Zelândia que oferece bolsas de estudo para estudantes de doutorado no país, o New Zealand International Doctoral Research Scholarships (NZIDRS), estão abertas até o dia 30 de agosto, pelo site oficial da iniciativa.
As bolsas são para estudos em qualquer área do conhecimento. Não há restrição de curso ou de universidade (são oito ao todo no país) e, além de isenção taxas anuais da instituição de ensino, os bolsistas ganham ajuda de custo de 25 mil dólares neozelandeses (equivalentes a mais de 57,3 mil reais) e cobertura de 600 dólares neozelandeses (1,3 mil reais) de seguro-saúde. Todos esses benefícios valem por até três anos.
Serão aprovados para receber a bolsa os estudantes que ficarem entre os 5% mais bem qualificados. Não há um número exato de bolsas que podem ser concedidas, em média são oito por edição do programa.
Podem participar da seleção os já aceitos em alguma das universidades da Nova Zelândia e que tenham excelência comprovada na última graduação. Quem já está fazendo doutorado na Nova Zelândia desde julho de 2016 também pode concorrer.

Destino queridinho de brasileiros, país oferece vantagens para atrair pessoas qualificadas

A Nova Zelândia já é o 4º destino de intercâmbio mais procurado pelos brasileiros, segundo Pesquisa Selo Belta 2017. “O crescimento acumulado dos últimos dois anos foi de mais de 35% e, em 2016, mais de 3,3 mil brasileiros escolheram a Nova Zelândia como seu destino para educação internacional”, diz Ana Azevedo, gerente de marketing da Education New Zealand no Brasil, agência do governo para a divulgação e representação da educação da Nova Zelândia internacionalmente.
O país há algum tempo tem uma estratégia bem definida de atrair pessoas qualificadas para morar lá. Para isso oferece condições atrativas para quem faz doutorado. Mesmo sem bolsa de estudos, os estudantes internacionais pagam a mesma taxa que alunos neozelandeses, o que não acontece na graduação e nos cursos de mestrado.
Segundo a gerente da Education New Zealand, os brasileiros que fazem doutorado na Nova Zelândia não precisam nem fazer a solicitação desses benefícios. “Automaticamente eles são classificados como estudantes domésticos, recebendo os mesmos benefícios que os estudantes neozelandeses”, diz.
O investimento no doutorado, segundo ela, é de cerca de 5 mil dólares neozelandeses (o que corresponde a menos de 13 mil reais). “É consideravelmente mais baixo que o valor cobrado por outros países de língua inglesa”, diz Ana.
O estudante de doutorado também tem acesso ao sistema de saúde público da Nova Zelândia, e pode trabalhar em período integral. Quem faz mestrado também pode trabalhar período integral. Se tiver parceiro – e não precisa ser oficialmente casado – ele pode solicitar visto de trabalho em tempo integral e, se tiver os filhos, eles podem estudar gratuitamente nas escolas públicas do país. Para os demais cursos, os estudantes internacionais podem trabalhar até 20 horas semanais.
Ana Azevedo também cita uma vantagem concedida não só para quem completa o doutorado mas para todos que se formam em curso de ensino superior com duração de mais de 30 semanas na Nova Zelândia.
“Esses estudantes podem solicitar um visto de trabalho aberto, com duração de 12 meses, para permanecer no país e buscar trabalho em sua área de estudos”, explica. Se conseguir encontrar trabalho na área, a Nova Zelândia concede um segundo visto com duração de até dois anos. No site de Imigração há informações sobre os diferentes tipos de vistos concedidos.

Candidatura a doutorado é mais simples do que no Brasil

Se as inscrições para as bolsas de estudo precisam obedecer a prazos específicos, as candidaturas para o doutorado podem ser feitas em qualquer período do ano.
Há casos em que estudantes brasileiros só com graduação no Brasil conseguiram até ir direto para o doutorado na Nova Zelândia. Segundo explicou  Genaro Oliveira brasileiro que é professor do departamento de Estudos Latino-Americanos da University of Auckland, a maior da Nova Zelândia, o primeiro passo é entrar em contato com um professor que o estudante ache que possa ser o seu orientador.
Quem não tiver ideia, pode procurar pelo conselheiro acadêmico (academic advisor) da universidade para se informar. Os perfis dos professores são públicos e estão nos sites das universidades.
A partir daí, o aluno tenta a aprovação do seu projeto com o departamento responsável pela área. O departamento aprova o projeto em si, e a universidade aprova a questão da documentação, do nível inglês.

Fonte: EXAME

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