ONG revela descoberta de
381 novas espécies na Amazônia em 2 anos
EFE São
Paulo
30 ago
2017
Foto do
pássaro Poaieiro-de- Chico Mendes (Zimmerius chicomendesi). Fabio
Schunck/Divulgação
Cientistas
descobriram 381 novas espécies de animais e plantas na Amazônia em dois anos,
entre eles macacos, botos, anfíbio e répteis, informou nesta quarta-feira o
Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês).
Uma nova
espécie foi registrada a cada dois dias entre janeiro de 2014 e dezembro de
2015, a maioria delas detectada em áreas de conservação ou em regiões próximas
aos locais protegidos.
De acordo
com o relatório da organização, foram descobertas na selva amazônica 216
plantas, 93 peixes, 32 anfíbios, 19 répteis, 20 mamíferos - dois deles fósseis
- e uma ave.
Entre os mais
chamativos está um macaco com uma cauda comprida visto no noroeste do estado de
Mato Grosso, uma nova espécie de boto que os cientistas acreditam ter surgido
há 2,8 milhões de anos e um pássaro com um canto bastante peculiar.
Segundo
os pesquisadores, quatro das espécies foram registradas na Reserva Nacional do
Cobre e Associados (Renca), uma área de mais de 47 mil quilômetros quadrados -
uma superfície maior da Dinamarca - que o presidente Michel Temer decidiu
extinguir por decreto para permitir a exploração mineral.
Após uma
série de críticas, o governo decidiu modificar o decreto, mas a Justiça Federal
determinou a suspensão da determinação e de qualquer outro ato administrativo
que busque extinguir a Renca. O Executivo disse que vai recorrer.
Essa é a
terceira edição do relatório, divulgado pela WWF junto com o Instituto Mamirauá
e elaborado por dezenas de cientistas, que checaram as descobertas com as bases
de dados existentes.
Entre
2010 e 2013 foram reveladas 602 novas espécies. Antes, entre 1999 e 2009, o
número é de 1.200.
O
documento destacou que, apesar dos esforços dos últimos anos, ainda há muito
para descobrir sobre a real diversidade da Amazônia. As pesquisas são
dificultadas pela vasta extensão do território e pela ausência de recursos.
A WWF
ressaltou a importância de redobrar a atenção na região, que "sofreu o
impacto do desmatamento, da atividade agropecuária e de grandes obras de
infraestrutura, como a construção de hidrelétricas e de estradas".
Fonte: EFE
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