Recentemente, falamos aqui sobre uma função que a Nissan pretende colocar em seus carros para evitar que as pessoas esqueçam alguma coisa no banco de trás – e, entre as “coisas” que podem ser esquecidas, sim, estão seus próprios filhos.
Embora exista uma controvérsia a respeito dessas funcionalidades, com muitos argumentando que isso é uma responsabilidade exclusiva dos pais, crianças continuam morrendo em carros fechados deixados no sol, principalmente com a onda de calor registrada nos EUA.
Em média, 37 crianças são mortas por ano nessa situação, de acordo com o professor Jan Null da Universidade de San Jose – sendo que a metade poderia ter sido evitada com a adoção de tecnologias de detecção.

Isso fez com que o senador Richard Blumenthal entrasse com um projeto de lei que estabelece que sistemas de detecção para impedir que essas mortes aconteçam sejam algo mandatório nos veículos a partir de 2019.
O problema é que essas soluções podem não ser tão efetivas: a natureza humana é de ignorar alertas repetidos e esses sistemas ainda podem ser desligados. Além disso, as montadoras até agora não encontraram um sistema que seja 100% confiável para isso.
O custo disso também pode ser um impeditivo para famílias que não têm dinheiro para carros tão novos. Assim sendo, a Aliança das Montadoras de Automóveis sugere que a melhor saída é educar as pessoas e adotar práticas como a de deixar o seu telefone perto do seu filho – uma situação absurda e triste, mas realista em um mundo em que os pais tendem a esquecer uma criança dentro do carro mais do que o smartphone.