segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Universidades de Oxford e Cambridge estão ainda mais elitistas que no passado

Universidades de Oxford e Cambridge estão ainda mais elitistas que no passado

20 out 2017
EFE Londres 

EFE/Conselho da Cidade De Oxford
EFE/Conselho da Cidade De Oxford

As duas principais universidades do Reino Unido, Oxford e Cambridge, estão mais elitistas do que há seis anos, de acordo com os dados de admissão destes prestigiados centros docentes.
A informação, solicitada pelo deputado do Partido Trabalhista David Lammy através de uma petição amparada na lei britânica de liberdade de informação, foi veiculada nesta sexta-feira por veículos da imprensa do Reino Unido.
As duas universidades "contam com uma imensa maioria de estudantes provenientes de uma pequena e privilegiada minoria do sul da Inglaterra", explicou Lammy em um artigo publicado hoje no "The Guardian".
Um dos dados que mais chamou a atenção do deputado trabalhista é que as duas classes sociais mais altas em termos de rendimento do Reino Unido, formadas por médicos, advogados, executivos e que representam 31% da população, foram as que mais tiveram acesso a essas instituições.
Concretamente, quatro de cada cinco estudantes que foram aceitos entre 2010 e 2015 vêm de família cujos pais ocupam altos cargos de trabalho e de direção.
Além disso, as áreas que têm o melhor percentual de admissão nessas duas universidades britânicas estão situadas no sudeste da Inglaterra.
No caso da Universidade de Oxford, são as regiões City of London, Richmond e Cambridgeshire, três áreas de alto poder aquisitivo situadas no sul da Grã-Bretanha.
Essa tendência se repete no caso de Cambridge, onde os distritos com as taxas mais altas de admissão por número de tentativas são Merton, Richmond, Winsdor, Maidenhead e Berkshire, também no sul do país e muito próximas a Londres.
"São universidades nacionais e que recebem mais de 800 milhões de libras (892,27 milhões de euros) dos contribuintes ao ano, pagos por cada pessoa, em cada cidade e povoado. Não obstante, o governo não pede nada em troca", criticou Lammy, que se perguntou se o contribuinte deveria continuar assumindo essas taxas.
Em declarações veiculadas pela emissora "BBC", um porta-voz de Cambridge alegou que os critérios de seleção da universidade são baseados em considerações estritamente acadêmicas.
Por sua vez, seu equivalente em Oxford atribuiu a disparidade à existência de algumas áreas em situação de desvantagem e com baixos níveis de rendimento escolar.
"Para corrigir as distorções e enfrentar estas sérias desigualdades será necessária uma longa viagem que requererá grandes esforços da sociedade - e também das universidades de ponta como Oxford", reconheceu o porta-voz do centro de ensino.

Fonte: EFE

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