Nasa diz que buraco na
camada de ozônio é o menor desde 1988
3 nov
2017
EFE
Poluição
na Cidade do México.
EFE/Mario Guzmán
Washington,
3 nov (EFE). - O buraco na camada de ozônio, que se forma sobre a Antártida ao
final de cada inverno no Hemisfério Sul, foi o menor já registrado desde 1988,
informou nesta sexta-feira a Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) com
base em observações realizadas através de satélites.
De acordo
com a Nasa, a situação "excepcional" não é necessariamente sintoma de
uma "cura rápida". Ela se deve a variações naturais, já que a camada
esteve fortemente influenciada por condições instáveis e mais quentes do que o
normal no vórtice da Antártida, um sistema de baixa pressão que diminuiu a
criação de nuvens polares estratosféricas, precursoras de elementos que
destroem o ozônio.
A
extensão máxima do buraco em 2017 - atingida em setembro - foi de 19,6 milhões
de quilômetros quadrados (2,5 vezes a superfície dos Estados Unidos), segundo
os cálculos da agência espacial, corroborados pela Administração Oceânica e
Atmosférica Nacional (NOAA), enquanto o tamanho médio desde 1991 foi de 26
milhões de quilômetros quadrados.
"O
buraco na camada de ozônio na Antártida foi excepcionalmente menor este ano. É
o que esperávamos dadas as condições meteorológicas na estratosfera
Antártica", afirmou o cientista-chefe de Ciências Atmosféricas do Centro
de Voo Goddard Space da Nasa, Paul Newman.
A agência
lembrou que, apesar da redução dos dois últimos anos, o buraco continua sendo
grande, porque a concentração de substâncias que acabam a camada ainda é sendo
suficientemente alta para gerar perdas "significativas" de ozônio
anualmente.
O buraco
na camada de ozônio foi detectado em 1985, no final do inverno no Hemisfério
Sul. Há 30 anos, a importância da camada de ozônio levou a comunidade
internacional a assinar o Protocolo de Montreal sobre substâncias prejudiciais
para a camada de ozônio com objeto de regular este tipo de composto. A
expectativa é de que até 2070 o buraco tenha voltado aos níveis de 1980, já que
a previsão é de que os clorofluorcarbonos (CFC's) continuem decrescendo.
A camada
de ozônio (O3) é uma camada de gás que envolve a Terra, localizada na
estratosfera. Ela protege o planeta dos da radiação ultravioleta nociva para os
seres humanos, para os animais e para as plantas.
Fonte: EFE
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