Fórum de Davos criará
Centro Global para Cibersegurança
EFE Davos
(Suíça)
24 jan
2018
EFE/Ritchie
B. Tongo
O Fórum
Econômico Mundial anunciou nesta quarta-feira a criação de um Centro Global
para o Ciberespaço, que estará em operação a partir de março e com o qual
pretende fomentar desde Genebra a colaboração pública-privada na luta contra as
ameaças cibernéticas.
O diretor
do Fórum, Alois Zwinggi, explicou em uma coletiva de imprensa que
"claramente a cibersegurança se transformou em um dos temas mais
importantes do mundo", já que o custo dos crimes cibernéticos chegam
globalmente a US$ 500 bilhões a cada ano.
A
segurança cibernética "afeta todos os aspectos da sociedade, incluido o
crescimento econômico", disse, para acrescentar que o Fórum vê como uma
"clara necessidade de uma melhor cooperação" entre o setor público e
privado.
O Fórum
Econômico Mundial, com sede em Genebra, "está comprometido - disse - em
fazer o ciberespaço mais robusto e resistente", através da busca de
soluções comuns.
O Centro
se centrará em cinco áreas, mas quer seguir implementando e aproveitando fóruns
e iniciativas atuais.
Concretamente,
o Fórum de Davos quer estabelecer um "depósito" para a informação
cibernética, já que "é crucial que o setor público e o privado
compartilhem dados globalmente", apontou Zwinggi.
O Fórum
Econômico Mundial também pretende gerar oportunidades educativas em
cibersegurança, especialmente em países com muito potencial para reforçar a
defesa.
Além
disso, a organização quer elaborar recomendações para marcos reguladores neste
campo e definir o futuro de cenários em matéria de cibersegurança.
O Centro
estará situado em Genebra e entrará em operação a partir de março, disse
Zwinggi, e ainda que fará parte do Fórum Econômico Mundial, terá sua própria
organização e infraestrutura.
Os
membros serão companhias globais que são mais afetadas pelas ameaças
cibernéticas e governos do G20 e outros países relevantes, para além de
organizações internacionais.
O diretor
da Europol, Rob Wainwright, qualificou a criação do Centro como um passo
"importante" na luta contra as ameaças cibernéticas e explicou que,
do que ele pode ver no mundo todo, e especialmente na Europa - onde sua
organização acolhe o Centro Europeu contra o Cibercrime -, "as ameaças
estão se transformando em mais complexas, desafiadoras e maiores".
Wainwright
lembrou que há cerca de 4 mil ciberataques de vírus "randsomware",
impulsionados pelo abuso "delitivo de moedas virtuais".
Wainwright
mencionou especificamente o caso, em maio, do ataque do vírus
"WannaCry", que afetou serviços públicos e empresas em grande parte
do mundo, ao bloquear computadores e exigir um resgate de US$ 300 (254 euros).
"O
que vimos são roubos de dados que causam impacto em milhões de usuários" e
há uma tendência de ataques para serviços cruciais, como o setor bancário, que
está na primeira linha de fogo dos delinquentes, sustentou.
Fonte: EFE
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