Inovação: fios reconfiguráveis poderão salvar seu processador no futuro
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Já
pensou na possibilidade de recuperar seu processador com apenas uma
simples atualização? Embora pareça mais um conto de histórias sci-fi,
essa deve ser uma realidade não tão distante, segundo sugere um estudo
realizado por pesquisadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos.
Os
cientistas fizeram um experimento com um circuito reconfigurado,
construído com propriedades incomuns de paredes de alumínio, ou seja,
constituídas de materiais bidimensionais, com variações de ordenamento elétrico.
Assim,
eles fizeram esse trabalho a partir de interfaces entre objetos com
diversos tipos de ordenamento elétrico. A aplicação de tensão elétrica
nessas interfaces é capaz de modificar seu ordenamento elétrico, de modo
que as paredes de seu domínio se movimentam.
Isso
é possível porque ocorre certa incompatibilidade de polaridade, que
provoca potenciais eletrostáticos locais e divergentes, que necessitam
de compensação de carga, viabilizando uma mudança na estrutura
eletrônica.
Essas
paredes podem exibir uma condutividade consideravelmente maior e servir
como caminho de circuito. Com essas características, elas podem ser
desenvolvidas e alteradas de diversas maneiras sempre que necessário.
Assim, possibilita-se a construção de componentes de circuitos
reconfiguráveis.
Na ocasião, o grupo de
especialistas usou nanofios para gerar canais de fluxo de elétrons, com
somente 1 nanômetro de diâmetro. Por esse motivo, a solução apresenta
aspectos de miniaturização muito acima da média encontrada atualmente no
setor tecnológico de silício.
Nesse
caso, a aplicação citada transforma de modo reversível o canal de
isolamento para o condutor, que pode ser utilizado como chave básica de
um transistor, sendo este um dispositivo capaz de controlar a quantidade
de passagem elétrica em diversos equipamentos eletrônicos. Com isso, os
pesquisadores pretendem implantar um transistor que tenha como porta a
própria parede de domínio.
O uso de fios
reconfiguráveis, portanto, é capaz de recuperar processadores de
computadores e dispositivos móveis. Nesse caso, um estudo realizado
pela Google teria descoberto algumas falhas em componentes produzidos nas últimas décadas, conhecidas pelos nomes de Meltdown e Spectre.
A primeira se refere à quebra de um mecanismo de segurança de processadores da Intel.
Já a segunda está relacionada à execução especulativa de códigos para o
funcionamento adequado de diversos softwares de processadores atuais.
Caso essa ação seja feita de modo incorreto, informações confidenciais
podem ser vazadas. O defeito aqui estaria interligado ao projeto de
chips que compõem esses dispositivos. A ausência de resolução dessas
falhas poderia colocar em risco especialmente serviços em nuvem, que
cada vez mais fazem parte da rotina de armazenamento de arquivos de
usuários comuns e empresas de todo o mundo.
Fonte: Tecmundo
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