Cambridge, Oxford e outras
62 universidades britânicas entram em greve
EFE Londres
22
fev 2018
Salão da
Universidade de Oxford. EFE/Tal Cohen
Um total
de 64 universidades do Reino Unido, entre elas as prestigiadas Oxford e
Cambridge, iniciaram nesta quinta-feira um mês de greve para protestar pelas
mudanças nas pensões dos professores.
Os
interrupções foram convocados pelo sindicato University and College Union (UCU)
que sustenta que as mudanças no esquema de aposentadorias reduzirão em quase 10
mil libras (11,2 mil euros) a pensão de um professor universitário normal.
Segundo a
imprensa local, estima-se que mais de um milhão de estudantes universitários de
todo o país serão afetados pela greve, dos quais 80 mil teriam assinado pedidos
para exigir um reembolso pela perda de aulas.
As
mudanças no Plano de Aposentadoria Universitária pretendem revogar um esquema
de benefícios definidos que outorga aos funcionários uma renda fixa na
aposentadoria, favorecendo uma de contribuição definida, na qual as pensões
estão propensas ao câmbio no mercado de valores, explicaram os convocantes.
O
sindicato afirmou que o plano atual está funcionando "bem", enquanto a
Universities UK (UUK), organização que une todas estas instituições educativas
no Reino Unido, assegurou que este apresenta um déficit de 6 bilhões de libras
(6,7 bilhões de euros) que não pode ser "ignorado" .
Segundo a
secretária-geral do UCU, Sally Hunt, a determinação da UKK por impulsionar
estas variações e sua recusa "a se comprometer", não lhes deixou
outra alternativa do que "atacar" e convocar a greve.
"O
pessoal está enojado e a interrupção significativa nos campus em todo o Reino
Unido é inevitável", manifestou.
O líder
trabalhista, Jeremy Corbyn, expressou hoje sua "solidariedade" com os
profissionais que convocaram as interrupções e agradeceu pelo trabalho que
fazem nas universidades.
O
político pediu às partes que assumam uma posição em negociações
"frutíferas" que possam resolver o problema porque "todo mundo
merece dignidade e segurança na velhice, o que provém de uma pensão
decente".
Fonte: EFE
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